Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Assassinato

Ré do Caso Bernardo diz que excesso de remédios matou o menino

Após ter sido apontada como uma das pessoas envolvidas no assassinato do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, Edelvânia Wirganovicz está presa desde o dia 14 de abril do ano passado. Em vídeo divulgado nesta terça-feira, 31, pela polícia, a ré aparece contando uma versão diferente da que havia revelado inicialmente sobre a morte da criança, de acordo com o site de notícias G1. Segundo a assistente social, Bernardo morreu devido ao excesso de medicamentos dados pela madrasta, Graciele Ugulini, que também foi detida em decorrência do crime.

O corpo do menino de 11 anos foi localizado enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen – situado a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, cidade onde a vítima morava com a família – no dia 14 de abril de 2014. À época, Edelvânia havia contado à polícia que a morte ocorreu através de uma injeção letal e que, em seguida, ela e a amiga Graciele jogaram soda cáustica no corpo. O pai do menino, Leandro Boldrini, e o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, também são réus pelo assassinato. Os quatro estão presos e respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

No vídeo, Edelvânia comenta que Graciele, no dia do crime, retirou uma cartela de comprimidos da bolsa e pegou cerca de cinco ou seis do pacote. Depois, deu para o menino tomar. O advogado, então, pergunta se Bernardo ingeriu os medicamentos e ela responde que sim. “Só que acabou acontecendo que o Bernardo caiu, desmaiou dentro do carro. Ela (Graciele) é enfermeira, ela sabe, pegou no pulso dele e chacoalhava ele e ele estava desmaiado”, acrescenta a acusada, se referindo à madrasta do garoto.

Publicidade

Logo depois, a ré conta como que a criança foi enterrada. “A gente foi lá, pegou o corpo do guri, a gente trouxe e colocamos dentro daquele saco. Fiz o que ela mandava, e a gente colocou lá na cova”, completa em depoimento nas imagens. Ela também afirma que o irmão, Evandro, é inocente. “O Evandro não tem participação nenhuma. Quem fez a cova fui eu”, disse.

As declarações, porém, não convenceram a delegada e nem a promotora que cuidam do caso. A principal prova, conforme as autoridades, foi a confissão de Edelvânia no dia 14 de abril de 2014, em vídeo gravado pela polícia. Pela versão que sustenta atualmente, o advogado da ré defende que ela só pode responder pelo crime de ocultação de cadáver, cuja pena é de três anos de prisão. Inicialmente, ela foi denunciada pelo Ministério Público pelo crime de homicídio triplamente qualificado. Caso seja condenada, Edelvânia pode pegar mais de 20 anos de cadeia. 

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.