O Corpo de Bombeiros Misto de Vera Cruz vive dias de expectativa com a aproximação do vencimento do contrato firmado com a Prefeitura.  Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta terça-feira, 28, o sargento Fábio Garske, comandante interino do quartel, explicou que atualmente a corporação é formada por 16 bombeiros – oito voluntários e oito militares. Todos cumprem igualmente escala de plantão de 24 horas.

Para Garske, a partir do momento que os voluntários tem uma carga horária igual a do militar descaracteriza o trabalho esporádico. Os civis recebem apenas um auxílio-alimentação de R$ 500,00 definido no contrato com a Prefeitura. Com a data de vencimento do documento se aproximando, o objetivo dos bombeiros não militares é ter um reajuste neste vencimento. Já que, segundo o sargento, fica difícil se organizar financeiramente recebendo apenas isto por mês.

A Prefeitura de Vera Cruz já sinalizou a intenção de renovar a parceria, mas sem alterar valores. Atualmente o município contribui com R$ 1.950 mensalmente. A Prefeitura de Vale do Sol também faz um repasse à corporação de R$ 2.400. E ainda, por meio de uma permuta com o Estado, a administração de Vera Cruz custeia água, luz, telefone e aluguel do prédio. Enquanto o Piratini fica responsável pelo pagamento dos militares, veículos e combustível. O que não tem nenhuma ligação com o contrato em relação aos bombeiros voluntários. Segundo o sargento, são necessários cerca de R$ 30 mil para manter os voluntários. Caso não haja um acordo, Garske afirma que o quartel do município não terá como funcionar.

Os bombeiros irão se reunir na noite desta terça-feira, 28, para definir o futuro da guarnição. Na tarde de quarta-feira, 29, eles tem uma  reunião marcada com a Prefeitura. O Corpo de Bombeiros Misto de Vera Cruz atende de 15 a 18 ocorrências por semana.