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Lava Jato

Presidente licenciado da Eletronuclear preso na Lava Jato está em quartel

Preso nesta terça, 28, em nova fase da Operação Lava Jato, o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, está detido num quartel do Exército. Othon é almirante da Marinha brasileira. Por isso, tem direito a permanecer preso numa organização militar, por prerrogativa estabelecida no Estatuto dos Militares – e não na Polícia Federal, como os demais presos da operação.

O almirante está no quartel do Comando da 5ª Região Militar, em Curitiba, cidade-sede da operação. Lá, fica detido sozinho, num quarto com cama e banheiro que é guardado permanentemente por militares, seguindo protocolos de segurança estabelecidos pelo Exército. 

Como sua prisão é temporária, válida por cinco dias, ainda não foi estabelecida uma rotina de banhos de sol. Quando for prestar depoimentos ou tratar de outras diligências, o almirante será encaminhado à Polícia Federal, e sua proteção no trajeto ficará sob responsabilidade dos militares.

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PERFIL

Othon foi detido sob suspeita de ter recebido R$ 4,5 milhões em propina, por contratos da usina nuclear Angra 3.
Investigações da Polícia Federal encontraram comprovantes de pagamentos das empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix a uma empresa do almirante, feitos entre 2009 e 2014. Seu advogado, Helton Pinto, informou que irá se inteirar sobre o conteúdo da acusação para tomar as medidas legais cabíveis.

O almirante, de 76 anos, está afastado da Marinha desde 1994, quando se aposentou e abriu uma empresa de consultoria para trabalhar em projetos do setor privado na área de energia. Othon é considerado uma referência no estudo de combustíveis nucleares. Nas décadas de 70 e 80, ele liderou o programa secreto da Marinha que levou ao desenvolvimento das centrífugas de enriquecimento de urânio, que hoje produzem parte do combustível das usinas nucleares de Angra dos Reis.

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Ele assumiu a presidência da Eletronuclear em 2005, quando o PMDB passou a controlar o Ministério de Minas e Energia, e conduziu as negociações que permitiram a retomada das obras de Angra 3, em 2009.

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