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Santa Cruz do Sul

Casos da usina de reciclagem ainda são mistério

Dois casos que chocaram e consternaram os trabalhadores da Usina de Reciclagem no Bairro Dona Carlota, em Santa Cruz do Sul, continuam sem desfecho. A Polícia Civil segue na tentativa de identificar um homem, encontrado morto, e também quem teria depositado um feto, com aproximadamente oito meses, no lixo. Nos dois episódios, ocorridos em um período de pouco mais de uma semana, os corpos teriam chegado até o local dentro de contêineres, que são usados para depósito de lixo em diversos pontos da cidade.

O caso mais recente foi o do feto, localizado pelas mulheres que faziam a triagem dos materiais junto a uma esteira. O corpo foi encontrado dentro de um saco plástico. Chegou a ser cogitado que fosse um bebê recém-nascido, devido ao tamanho – 52 centímetros, com 2,1 quilos. No entanto, a necropsia indicou que o feto não chegou a respirar. Também não foram constatados sinais de violência. Com isso, pode-se concluir que houve aborto. A polícia ainda não sabe se espontâneo ou provocado.

O lixo teria sido coletado durante a manhã daquela terça-feira, dia 28, e encaminhado para a triagem por volta do meio-dia. As trabalhadoras já finalizavam a seleção dos resíduos, quando o saco onde estava a criança foi descoberto. Segundo a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), nos últimos dias foram recebidas algumas denúncias anônimas, já verificadas pela polícia. Nenhuma delas se confirmou.

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A identidade de um homem achado morto em 20 de junho, também na usina, ainda é um mistério. O corpo foi localizado em meio aos rejeitos recolhidos de contêineres. Os materiais estavam em uma área de onde seriam carregados para o aterro sanitário em Minas do Leão, quando um dos trabalhadores avistou o cadáver. Inicialmente eles acreditaram que se tratava de um boneco, mas decidiram acionar a Polícia Civil. O caso é investigado pela equipe da 2ª Delegacia de Polícia.

O recolhimento

Em ambos os casos, a polícia tenta descobrir o local onde teriam sido recolhidos os corpos. Como a coleta por meio de contêineres é feita de forma mecanizada, os cadáveres só foram encontrados quando o material chegou à Usina de Reciclagem. Os catadores mantêm um controle, por meio da placa dos caminhões, da área onde ocorrem as coletas. No entanto, não é possível precisar de qual contêiner o material é recolhido.

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Tatuagem no braço de homem achado morto é a única pista

Uma tatuagem é a pista que a polícia tem até o momento sobre a identidade do homem achado morto na usina. No braço esquerdo da vítima, há a inscrição “Emílio”. O delegado Miguel Mendes Ribeiro Neto, da 2ª Delegacia de Polícia, acredita que se trate de um morador de rua, possivelmente sem vínculos familiares. Ele não descarta, inclusive, que seja uma pessoa de outro município.

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Como ninguém foi localizado para fazer o reconhecimento do corpo, o delegado solicitou à perícia a coleta de materiais que permitam a realização de exame de DNA, no caso de ser identificado algum possível familiar. A polícia também pediu que, junto com o laudo da necropsia, sejam informadas características da vítima, como altura, idade aproximada e etnia, entre outros.

Dessa forma, Ribeiro Neto espera conseguir ampliar as possibilidade de identificação. O laudo também irá indicar a causa da morte. De forma preliminar, não foram encontrados sinais de violência e constatou-se que a morte teria acontecido de forma natural.

DENUNCIE

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Qualquer informação que possa auxiliar na elucidação dos casos deve ser encaminhada à Polícia Civil. No caso do feto, as informações devem ser repassadas à DPCA, pelo  3713 4340. Em relação ao homem, a investigação é da 2ª DP, que atende no 3715 8361. Fora de horário comercial ou em fins de semana, o contato é o 197.

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