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Santa Cruz

Professora morta em apartamento será sepultada neste sábado

O assassinato brutal de uma professora, descoberto nesta sexta-feira, 10, causou consternação em Santa Cruz do Sul. Com décadas dedicadas ao ensino, Nara Helena Rosenhaim Friedrich, 54 anos, foi encontrada morta dentro do apartamento onde morava. A vítima residia sozinha no fim da Rua Tiradentes, próximo da esquina com a Rua Carlos Trein Filho, no Centro. Ela foi atingida por diversas facadas nas costas. Conforme a polícia, o crime teria motivação passional. O suspeito é um homem com quem ela manteve um relacionamento. 

Segundo o delegado Alessander Zucuni Garcia, que responde de forma interina pela Delegacia Especializada no Atendimento à  Mulher, o crime foi descoberto porque um familiar do suposto autor procurou a polícia. No fim da manhã, ele contou aos policiais que o seu irmão, com quem Nara manteve um relacionamento amoroso, teria entrado em contato e revelado que havia discutido com ela e a esfaqueado dentro do apartamento. O suspeito, que não teve o nome divulgado, ainda não havia sido localizado até a noite dessa sexta. A expectativa dos policiais é de que ele se apresente para ser ouvido sobre o assassinato. 

Embora a Polícia Civil só tenha sido comunicada nessa sexta-feira, o crime teria sido cometido ainda no dia anterior. Durante a tarde, um morador viu o suspeito ingressando no prédio onde Nara vivia, por volta das 15h30. O assassino teria aproveitado o momento em que um vizinho da professora saía pela porta para poder entrar. Depois disso, subiu até o terceiro andar, onde ficava o apartamento da vítima. O corpo dela foi encontrado caído de bruços na sala, próximo da sacada, que estava com o vidro fechado. 

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Conforme o delegado, a suspeita é de que Nara tentou escapar dos golpes e pedir socorro. Moradores relataram aos policiais ter ouvido gritos e logo depois a batida de uma porta sendo fechada. Nara foi atingida por mais de dez facadas nas costas. A arma usada no assassinato não foi localizada pelos investigadores dentro do apartamento, que estava chaveado. A polícia acredita que o suspeito entrou pouco antes do crime, discutido com Nara dentro do apartamento e cometido o assassinato. Em seguida, ele teria saído e chaveado a porta. 

Cremação deve ocorrer no domingo

Além de professora, Nara era mãe de três filhos, nascidos de um casamento de três décadas com o policial militar Dalvo Werner Friedrich. O casal estava separado há cerca de cinco anos. O tenente-coronel Werner, hoje aposentado da Brigada Militar, foi comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Vale do Rio Pardo. 

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O ex-marido estava com os filhos em Santa Catarina, quando soube do crime. A família chegou a Santa Cruz do Sul no início da madrugada, para dar início aos atos fúnebres. Segundo a Funerária Halmenschlager, o velório começou na manhã deste sábado na Capela anexa ao Cemitério Ecumênico da Paz Eterna (Av. Deputado Euclides Kliemann, 2501) no Bairro Santo Antônio. No domingo o corpo será encaminhado para cremação.

Em novembro do ano passado, segundo o delegado Alessander Garcia, Nara chegou a registrar uma ocorrência de agressão contra o homem de quem foi namorada. “Eles tinham uma relação bastante conturbada pelo que conseguimos apurar até o momento.” Depois disso, a polícia ainda não sabe se os dois teriam voltado a reatar a relação. “Ele manteve um relacionamento com ela ou ainda mantinha. Isso ainda vai ser averiguado durante a investigação. Estamos ouvindo pessoas para ter certeza de quem cometeu essa barbárie.” O nome do suspeito não foi divulgado pela Polícia Civil.

Crime violento deixou em choque comunidade escolar

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Nos cerca de dois anos em que trabalhou na Escola Nossa Senhora da Esperança, no Bairro Santa Vitória, em Santa Cruz, Nara se mostrou uma profissional dedicada e prestativa. “Ela sempre conseguia ônibus para levar as crianças para a Oktoberfest ou à Feira do Livro”, lembra a diretora Suzana Boesing. Nara, que era auxiliar na biblioteca, também costumava contar historinhas para os alunos. “Ela era muito querida por todos. Todo mundo gostava muito dela.” 

Suzana também foi colega de Nara no período em que as duas trabalhavam na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira. No Ernesto, Nara foi professora de Geografia e também bibliotecária nos últimos anos. Ela deveria retornar ao trabalho na Escola Nossa Senhora da Esperança nesta segunda-feira. Na quarta-feira, Suzana ainda conversou com a colega para acertar detalhes sobre o retorno. “Quando se confirmou que tinha sido mesmo ela, foi um choque. Ficou todo mundo abalado com isso. É um horror.” 

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