A Polícia Civil recebeu nesta semana novos laudos periciais sobre a morte da menina Francine Sins Matias da Silva, de 13 anos. A garota foi assassinada no mês de abril, em Rio Pardinho, no interior de Santa Cruz do Sul. O padrasto da adolescente confessou o assassinato. Ronaldo dos Santos, 30 anos, que está preso, acusou a mãe da menina de ser a mandante do crime. Geni Sins, de 54 anos, está em prisão domiciliar.
Segundo a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, titular da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), um dos laudos confirmou que o material genético coletado junto ao corpo da adolescente pertencia ao padrasto. Isso confirma, de acordo com a delegada, que a garota foi vítima de estupro de vulnerável. Ronaldo alega que mantinha relações consentidas com a menor, embora isso seja considerado estupro devido à idade da menina.
Geni Sins, de 54 anos e Ronaldo dos Santos, de 30 anos
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Outro laudo da perícia, conforme a delegada, apontou que não havia material genético do padrasto sob as unhas da menina. Isso indica, segundo Lisandra, que não houve luta corporal durante o crime. Em sua versão Ronaldo alegou que primeiro apertou o pescoço da menina, com um golpe conhecido como gravata, e depois, com ela já desacordada, asfixiou a adolescente com um cordão junto a uma árvore.
Para Lisandra, os laudos, que serão encaminhados à Justiça, reforçam a versão apresentada pelo padrasto da adolescente. A polícia indiciou Ronaldo e Geni pelo assassinato da menina. Já a mãe de Francine nega que tenha mandado o companheiro matar sua filha. Ela chegou a ficar presa no Presídio Regional, mas recebeu o direito de permanecer em prisão domiciliar. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público pelo crime.
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