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Ataques a pedestres

Celulares estão na mira dos assaltantes em Santa Cruz

Nos 21 casos de assaltos a pedestres em Santa Cruz do Sul acompanhados pela Gazeta do Sul da metade de julho até esta terça-feira, os celulares foram os itens mais levados pelos criminosos. Pelo menos 22 aparelhos foram roubados. Os telefones se tornaram o principal alvo dos autores de roubos nas ruas. A facilidade de troca por droga ou dinheiro, além da distração das vítimas, estão entre os fatores que contribuem para a incidência desse tipo de crime. 

“A cidade cresceu e a criminalidade aumentou, logo, usar celular na rua ou expor o celular na rua são condutas que devem ser evitadas”, alerta a delegada Ana Luísa Aita Pippi. A área central, atendida pela 1ª Delegacia de Polícia, pela qual ela é responsável, concentra a maioria desses casos. A maior parte dos criminosos que atacam pedestres, segundo a polícia, são usuários de drogas. Os celulares se tornaram um alvo fácil porque os assaltantes podem se desfazer deles com agilidade. 

Em geral são trocados por dinheiro, drogas ou entregues como pagamento de dívidas para traficantes. Segundo a delegada, a maioria dos celulares roubados é recuperada com pessoas que adquiriram de traficantes ou dos próprios ladrões. Em 13 dos 21 assaltos a pedestres, os criminosos levaram somente celulares. Nos demais casos, somente em três eles não levaram telefones. Nestes, os alvos foram bolsas e carteiras. 

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“Adolescentes e mulheres são os principais alvos”, afirma o comandante da 1ª e da 2ª Companhia da Brigada Militar (BM),  capitão Rafael Menezes. Os roubos a pedestres tiveram elevação nos índices em novembro do ano passado, com casos registrados principalmente no Universitário. Como forma de tentar combater esse tipo de crime, a aposta é no policiamento ostensivo, em abordagens em pontos próximos de paradas de ônibus e áreas de maior incidência. A BM considera os índices atuais aceitáveis em comparação com outros municípios do mesmo porte. 

Segundo o capitão Daniel Mello, chefe do Setor de Inteligência da BM, a área de incidência desse tipo de crime varia e ocorre em diferentes pontos da cidade. O fato de o criminoso se desfazer do celular rapidamente, explica o capitão, dificulta a prisão em flagrante. “São ações rápidas. Então, muitas vezes, as vítimas têm dificuldade em fornecer características dos autores”, afirma Mello. A principal recomendação é que os pedestres adotem medidas para se proteger.

Receptação

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Assim como nos casos de furtos, nos roubos de celulares, os receptadores também são fundamentais para que esse tipo de crime continue acontecendo. As pessoas que adquirem esses telefones, sem procedência, podem responder por receptação, que também é crime. Informações que auxiliem a investigar esses casos podem ser repassadas à Polícia Civil, inclusive de forma anônima, pelo 197.

 

Como se proteger

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Esteja atento – Não caminhe na rua utilizando o celular e fones de ouvido. A mesma dica vale para paradas de ônibus. Esteja atento às pessoas na sua volta. 

Adiante-se – Se precisar falar com alguém ou enviar uma mensagem, faça isso em um local seguro. Se estiver na aula, por exemplo, faça o contato antes de sair para a rua. Depois guarde o telefone. 

Seja discreto – Não exponha seu celular na rua. Nunca deixe o aparelho em bolsos externos de mochilas ou roupas, onde possa ser visto. O mesmo vale para carteiras. Não caminhe com bolsas, especialmente em locais escuros e com pouco movimento. 

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Cuide-se – Evite andar a pé sozinho durante a noite, madrugada e de manhã cedo. Muitos roubos a pedestres ocorrem nesses períodos.

Pais – Orientem os filhos a se protegerem. Os adolescentes, muitas vezes, se tornam vítimas por ficarem facilmente distraídos com os celulares na mão ou por deixarem os telefones à mostra. 

Se for vítima – Não reaja, tente prestar atenção nas características do assaltante de forma discreta e sempre procure a polícia logo após o crime.

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OS CASOS

Quando: os casos acompanhados pela reportagem ocorreram entre 14 de julho e 12 de agosto. 11 deles em julho e os outros dez em agosto.  

Onde: o Centro, com seis casos, e o Bairro Universitário, com três, concentram a maioria dos registros. Os demais aconteceram em diferentes bairros como Distrito Industrial, Bonfim, Goiás, Esmeralda, Santo Inácio, Santo Antônio, Arroio Grande e Avenida. 

Horário: no período da noite, entre 19 horas e 23h30, 11 desses assaltos foram cometidos. Sete aconteceram à tarde, entre meio-dia e 18 horas. Os outros três foram na madrugada, entre 2h15 e 6h50. 

Vítimas: em 17 casos, as pessoas atacadas estavam sozinhas, sendo nove homens e oito mulheres. 

Autores: na maior parte dos assaltos, 12 deles, os criminosos estavam em dupla. Em oito roubos, o assaltante estava sozinho e em um registro, agiram em um trio. Dos 21 assaltos, em dez eles não chegaram a mostrar alguma arma. 

O que levaram: 22 celulares, duas mochilas, bolsa, cartão, dinheiro, duas carteiras, dois capacetes e roupas. 

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