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Cachoeira do Sul 11/09/2017 07:23:15

Fábrica clandestina falsificava cigarros do Paraguai no interior

Receita Federal calcula que movimentação financeira com produção e venda chegaria a R$ 15 milhões por mês

Por: IGOR MÜLLER

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Foto: Igor Müller

Foi sem querer que a Polícia Civil de Cachoeira do Sul fechou a que seria uma das principais fábricas clandestinas de cigarros do Sul do Brasil. Ao investigar um suposto assalto a uma fazenda ocorrido na madrugada da última sexta-feira no distrito de Piquiri, distante 38 quilômetros do trevo das BRs 290 e 153, os agentes se depararam com uma complexa operação que falsificava cigarros do Paraguai. Era o crime agindo sobre outro crime (o inimigo número 1 do setor do tabaco no Brasil): o contrabando.

Quando os policiais chegaram, a fábrica pirata estava abandonada. Havia apenas um carro, uma picape, um trator e um caminhão, todos com pneus furados. A casa e a estrebaria que funcionavam como alojamento dos empregados estavam totalmente reviradas. Um galpão que seria usado como depósito do cigarro pronto para o transporte estava vazio. Ninguém foi preso e o caso foi repassado à Polícia Federal e à Receita Federal de Santa Cruz do Sul ainda na sexta-feira.

No sábado, quando a operação veio a público, a PF levou operários de Santa Cruz para desmontar a estrutura. Foram necessárias três carretas para recolher o material apreendido, avaliado em R$ 5 milhões pelo delegado regional de Cachoeira, José Antônio Taschetto Motta. O pavilhão de 300 metros quadrados abrigava duas linhas de produção de cigarros. As paredes tinham isolamento acústico e as máquinas eram alimentadas por um gerador de energia, evitando que o consumo excessivo chamasse atenção da cooperativa de eletrificação que atua na região.

A fábrica pirata estava repleta de insumos lacrados, como filtros, rótulos e embalagens de pelo menos quatro marcas do Paraguai. Havia uma dúzia de caixas com cigarro pronto, à espera apenas do empacotamento final. Em meio a muita sujeira – produtos químicos eram guardados junto com o tabaco picado e porcos e cachorros circulavam livremente pelo pátio –, a Polícia Federal encontrou centenas de documentos que, em uma fábrica instalada no Paraguai, serviriam para comprovar a legalidade do produto e o respectivo recolhimento de impostos.

O certificado, em espanhol, seria do Ministério da Fazenda paraguaio e especifica o produto como “cigarriilos de produccion nacional”. Só que as marcas que entram no Brasil pelos caminhos do contrabando eram, na verdade, pirateadas no interior de Cachoeira do Sul. Os campos reservados ao “nombre del fabricante” e ao “nombre del producto” estavam em branco. 

O delegado da Receita Federal em Santa Cruz, Leomar Padilha, diz que a fábrica tinha capacidade para produzir até 100 mil maços de cigarros por dia, o que resultaria em uma movimentação diária de pelo menos R$ 200 mil. O faturamento mensal poderia chegar a R$ 15 milhões. Ele calcula que em um mês a produção e a venda desse cigarro representariam aproximadamente R$ 10 milhões em impostos.

“Os criminosos utilizavam tabaco nacional, insumos nacionais e mão de obra local. Só a marca mesmo era de cigarro do Paraguai, totalmente livre de impostos. Vendido a menos da metade do preço do produto nacional, esse cigarro prejudica demais o setor fumageiro e a economia regional”, destaca o auditor, lembrando que no ano passado uma indústria – a Souza Cruz – atribuiu ao contrabando e à alta carga tributária a decisão de fechar a fábrica de cigarros de Cachoeirinha.

Criminosos foram alvo de assalto

Partindo da BR-290, bem próximo ao trevo de acesso a Cachoeira do Sul (BR-153), era preciso rodar aproximadamente 35 quilômetros na estrada geral e, depois, passar por outra fazenda para chegar à fábrica clandestina. A sede da propriedade vizinha fica no caminho e, na madrugada de sexta-feira, foi atacada por homens armados que usavam camisetas da polícia. O proprietário – cujo nome é mantido em sigilo –, a família dele e os empregados foram mantidos sob a mira de pistolas por cinco horas. Na fuga, os assaltantes roubaram uma arma.

O delegado Mauro Lima Silveira, chefe da Polícia Federal de Santa Cruz, suspeita que enquanto a família era feita refém, outra parte da quadrilha roubava o estoque da fábrica clandestina localizada a cerca de dois quilômetros da sede da fazenda vizinha. “Depois que os ladrões foram embora a vítima chamou a Polícia Civil de Cachoeira. Ao longo do dia os policiais foram até lá e, quando chegaram à propriedade vizinha, onde funcionava a fábrica, encontraram uma quantidade insignificante de cigarro pronto e embalado. O fato de a estrutura estar abandonada reforça a suspeita de que ironicamente os falsificadores foram roubados”, resume o policial, que não descarta a ação de um grupo rival.

A suspeita do delegado ganha força porque moradores da localidade teriam visto, no amanhecer de sexta-feira, dois ou três caminhões-baú sendo escoltados na estrada geral, em direção à BR-290. O trânsito de caminhões é acentuado naquela região, onde predomina a produção de madeira, mas aquela movimentação chamou a atenção. “É bem provável que o ataque à fazenda vizinha foi só para evitar que os moradores chamassem a polícia durante o roubo à fábrica”, completa o delegado.

Para entender o caso

Há quanto tempo a fábrica pirata funcionava no Piquiri?
Não se sabe ao certo. O prédio onde as máquinas estavam era aparentemente novo, bem como a instalação elétrica. O piso estava em perfeitas condições, o que faz os policiais suspeitarem que a operação tinha menos de um ano. O dono das terras, cuja identidade é preservada pela PF, diz que arrendava o local e vai auxiliar nas investigações. Ele não tem envolvimento com o crime.

Quantas pessoas trabalhavam na fábrica?
A Polícia Federal identificou dois alojamentos: em uma casa e em uma estrebaria. Um terceiro imóvel em frente à fábrica funcionava como depósito de cigarro pronto. Pela quantidade de colchões e pelo estoque de comida que havia no local, suspeita-se que em torno de 20 pessoas permaneciam na fazenda. É possível que a produção acontecesse 24 horas por dia.

É a primeira vez que uma fábrica clandestina é fechada na região?
Não. Em setembro de 2012 a Polícia Federal fechou uma fábrica pirata que funcionava no interior de Candelária. Em novembro de 2015 a Operação Huno, da PF, identificou fábricas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro que falsificavam cigarro do Paraguai, inaugurando algo que hoje já parece rotina.

De onde vem o tabaco usado nessas fábricas?
São pelo menos três fontes: 1) roubo de carga durante o transporte entre a propriedade rural e a indústria; 2) os atravessadores que percorrem o interior comprando tabaco a preços geralmente mais atraentes que os da indústria; 3) empresas de pequeno porte (formais ou não) que fornecem matéria-prima tanto para as fábricas clandestinas quanto para as paraguaias. O esquema descoberto pela Operação Huno, em 2015, era bilionário.

E o que acontece a partir de agora?
A Polícia Civil de Cachoeira vai investigar o assalto à fazenda vizinha. Já a Polícia Federal e a Receita Federal tentarão chegar aos responsáveis pela fábrica. “Tenho muita convicção de que temos como e vamos chegar a esses criminosos”, afirma o delegado Mauro Lima Silveira, da PF. Segundo ele, documentos encontrados no local ajudarão nas investigações, embora o escritório da quadrilha não funcionasse junto à fábrica. O policial não descarta que a estrutura pertença a criminosos paraguaios, que para reduzir custos e riscos acabam falsificando no Brasil o mesmo cigarro que fabricam e contrabandeiam no país vizinho.

 

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