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Encruzilhada do Sul

Quadrilha faz cordão humano com reféns e explode agência bancária

ATUALIZADA ÀS 15H40

Uma agência da Caixa Econômica Federal, em Encruzilhada do Sul, foi alvo de criminosos na madrugada deste sábado, 9. De acordo com a Brigada Militar, entre quatro e cinco indivíduos chegaram à Rua 15 de Novembro, no Centro da cidade, por volta de 0h45 e abordaram pessoas que estavam na rua. Em junho a cidade viveu clima de terror quando três bancos da cidade foram atacados de forma semelhante. 

Pelo menos dez reféns foram levados a pé até a Rua Bento Gonçalves, onde fica a agência da Caixa e utilizados como cordão humano. Os assaltantes usando toucas ninjas e armamento pesado teriam dado tiros para o alto e utilizaram explosivos em dois terminais de autoatendimento, que ficaram destruídos. Um terceito caixa eletrônico foi violado com uso de uma alavanca. 

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A quadrilha tentou roubar o carro de uma senhora que passava pelo local no momento da ação. A condutora se recusou a descer e teve o carro alvejado por disparos de fuzil 762 e pistola 9 milímetros. Toda a ação teria durado cerca de 15 minutos.

Ainda durante a madrugada, o local foi isolado e uma equipe da perícia da Polícia Federal foi acionada, mas não constatou nenhum explosivo não detonado dentro da agência. De acordo com o delegado da Polícia Federal, Gustavo Schneider, em entrevista à Rádio Gazeta AM, o caso já está sendo investigado. “Já procedemos a vistoria do local e também foi realizada uma perícia. Conversamos com algumas pessoas que foram feitas reféns, obtivemos algumas filmagens feitas na cidade por câmeras de montoramento em estabelecimentos próximos ao local e as investigações prosseguem.”  

Segundo o subcomandante do Batalhão de Polícia Militar de Rio Pardo, capitão Silvio Silva, a forma como os bandidos agiram leva a polícia a crer que eles não são os mesmos dos roubos ocorridos em junho em Encruzilhada do Sul. “Essa ação não foi tão demorada quanto a última, ela levou cerca de 20 minutos no máximo e com cerca de cinco criminosos que fizeram um cordão humano com as pessoas próximas para fazer a detonação dos caixas eletrônicos.”

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Capitão Silvio Silva: BM acredita que não é o mesmo grupo. Foto: Bruno Pedry. 

“Provavelmente não é o mesmo grupo, algumas peculiaridades da ação fazem acreditar que não foram os mesmos bandidos”, afirmou Silva. De acordo com o relato de uma das reféns utilizadas durante a fuga, os criminosos quase se perderam. Diferente do primeiro roubo em junho, quando o grupo analisou a região, os bandidos deste sábado não conheciam bem a cidade e quase erraram o local de saída. A Brigada analisou que o armamento usado pelas quadrilhas também é diferente. “No outro evento eram fuzis 556, no de sábado eram fuzis 762 e 9 milímetros”.

O valor levado pelos criminosos ainda não foi apurado. Conforme imagens de câmeras de segurança, os ladrões teriam chegado e fugido em direção à RSC-471 em uma caminhonete Hyundai Tucson preta. Segundo a BM, apenas um carro teria sido usado na ação. Os policiais acreditam que o grupo tenha tomado o caminho de Dom Feliciano, na localidade de Venda Velha, que dá no quilômetro 100 da BR-290. Os reféns levados pelos criminosos não ficaram feridos e foram liberados minutos depois na localidade de Passo da Estefânia.

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Além da BM local, policiais militares do Comando Regional do Vale do Rio Pardo dos municípios de Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Pantano Grande e Amaral Ferrador fazem buscas neste momento, mas nenhum envolvido no crime foi localizado. Uma aeronave da BM também está sobrevoando a região à procura dos criminosos ou do veículo usado na ação. São 30 brigadianos sob o comando do major Azevedo realizando buscas e tentando conseguir informações com moradores. A Brigada Militar pede que as pessoas que tiverem visto movimentações estranhas que avisem através do número 190.


A Brigada Militar realiza buscas no interior. Foto: BM/ Divulgação.

Jovem de 23 anos entre os reféns

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O jovem Luis Antônio Streck Nader, 23 anos, e a mãe dele, Angélica, seguiam de camionete para um salão onde iriam arrumar um chá de bebê, e acabaram entre os reféns do bando que atacou a agência da CEF. Nader contou que um dos criminosos o fez parar, encostou no carro e perguntou se o veículo estava no seguro. Depois mandou a mãe do rapaz fazer parte do cordão humano utilizado para o bando poder atacar a agência, junto com outras quatro pessoas.

 

Ao rapaz, o assaltante determinou que estacionasse a camionete no meio da rua, para impedir o tráfego de veículos e depois se juntasse aos outros reféns no cordão humano. Ele acredita ter ficado 15 minutos nesta situação. Diz que sentiu medo apenas no início, pois depois percebeu que os criminosos não iriam machucá-los. Terminado o ataque à agência, a quadrilha saiu levando Nader e a mãe dele no carro que utilizava e mais um refém no porta-malas. “A intenção era que servíssemos de escudo humano. Próximo à caixa d’água, no Bairro Alto Alegre, eles nos liberaram”, relatou.

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Fuga da quadrilha foi gravada por morador

Um morador da cidade flagrou de sua residência nas proximidades a ação dos criminosos. O homem filmou o momento em que os bandidos pedem para que os reféns tirem a camisa e em seguida a fuga do grupo. A gravação circula em grupos de WhatsApp e mostra parte da atividade da quadrilha na cidade. Assista:

Cidade já foi alvo de quadrilha

Encruzilhada do Sul já viveu momentos de terror com roubos a banco em 2017. Na madrugada do dia 16 de junho, criminosos explodiram as agências do Sicredi, Banco do Brasil e Banrisul do município. “Na ocasião, os bandidos obrigaram pessoas que circulavam pelas ruas a formarem um cordão humano no momento dos ataques. Para. realizar as explosões, os criminosos utilizaram dinamite. Todos eles estariam armados com fuzis e pistolas no momento das ações. Tiros para o alto foram efetuados pelo bando, mas sem confronto com a Brigada Militar.

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