Foto: Bruno Pedry
Todo cuidado é pouco para os motoristas que trafegam pela RSC-287, no sentido interior–Capital, próximo ao Posto Nevoeiro. Desde a liberação do trânsito no viaduto Fritz e Frida, no dia 28 de abril, o “bico” do canteiro central, que avança em direção à pista, tem provocado acidentes. As principais consequências dessas colisões são veículos com pneus furados. O problema se torna ainda maior no período da noite, por conta da baixa luminosidade no local.
Em uma das batidas, a placa de sinalização partiu ao meio e marcas de frenagem puderam ser vistas. Segundo o proprietário do Guinchos Formigão, Caio Flávio Jacobus, os casos se tornaram rotineiros. “Ele (canteiro) está muito para dentro. O pessoal visualiza o viaduto, fecha para à esquerda e dá no bico do canteiro. Já foram pelo menos dez carros depois que liberaram o trânsito”, diz Jacobus, que relatou a situação em sua rede social, acarretando uma série de comentários. Um deles envolvia o condutor de uma caminhonete Hilux, com placas de Alegrete, que quase capotou quando andava à noite e cruzou por cima do canteiro.
O engenheiro da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Luís Fernando Vanacôr, garantiu nessa quinta-feira à Gazeta do Sul que o problema será resolvido antes da inauguração do viaduto, prevista para a próxima sexta-feira. Nessa quinta-feira, quatro tambores foram colocados como forma de alertar os motoristas sobre a intervenção. “Vamos reduzir o bico, inclusive dando uma conformação mais arredondada. Faremos uma adaptação porque não está sendo obedecida a sinalização e as orientações de velocidade. Vamos recolocar a placar danificada, que indicava o obstáculo, e fazer a redução”, explica.
Vanacôr entende que os acidentes ocorrem porque os motoristas não respeitam o limite de 60 quilômetros por hora. “Não está liberado para 100 quilômetros (por hora). Nenhuma colisão aconteceria se andassem na velocidade correta. É que o pessoal vê a duplicação e pensa ‘vou andar a 110’”, comenta, lembrando que o local é praticamente uma travessia urbana. “Até o viaduto, tem muita interferência lateral, com as transportadoras, pessoas caminhando, bicicletas no acostamento... Não é uma pista de corrida”, adverte o engenheiro.