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Alerta

Uma luta contra o silêncio: vítimas de violência doméstica precisam denunciar

A violência contra a mulher não é apenas uma luta contra os agressores, mas uma luta contra o silêncio. Segundo a pesquisa Raio X do Feminicídio, feita pelo Núcleo de Gênero do Ministério Público de São Paulo, 96% das vítimas de feminicídio em 2017 não haviam feito nenhum boletim de ocorrência e 97% delas não tinham medidas protetivas.

Um crime no Bairro São João, que culminou na prisão do suspeito nessa quinta-feira, 15, foi o terceiro caso de tentativa de feminicídio registrado em Santa Cruz neste ano. A vítima possuía medida protetiva.

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Conforme uma das representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) de Santa Cruz, a advogada Nicole Weber, um dos objetivos do órgão é que a maior parte dos pedidos de medidas protetivas feitos no município seja deferida. Até este ano, costumava haver o dobro de ações indeferidas em relação às deferidas. Já em 2019, até julho, foram 201 pedidos deferidos e 216 indeferidos.

O Conselho da Mulher realiza reuniões mensais com o juiz, delegados e a Defensoria Pública para definir diretrizes de como os registros podem ser feitos de uma forma mais completa, para auxiliar a vítima. Segundo Nicole, quanto mais informações e detalhes estiverem registrados, maior a chance de a medida protetiva ser concedida, uma vez que o documento pode decidir por afastar o agressor do lar.

O CMDM orienta ainda que a vítima tente levar provas, como fotografias, gravações de áudios e vídeos, além do relato de alguma testemunha, a ser colhido pelo policial no momento do registro.

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“É importante ressaltar que é mais fácil se livrar de relacionamentos quando eles não chegaram a este ponto ainda. Para as meninas que estão namorando e já começam a ver estes sinais, é mais fácil se livrar do que acabar numa situação como a dessa mulher. Respeite os sinais, visualize esses sinais no relacionamento, isso é o que pode te manter viva”, diz Nicole.

SAIBA MAIS

A Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher:

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1 – Violência física: agressões, espancamento, lesões com objetos, ferimentos e tortura.
2 – Violência psicológica: ameaças, constrangimento, manipulação, insultos, vigilância, isolamento, chantagem, perseguição.
3 – Violência sexual: estupro, obrigar a mulher a atos sexuais, impedir métodos contraceptivos e anulação de direitos reprodutivos.
4 – Violência patrimonial: controle de dinheiro, furto, extorsão, estelionato e danos aos bens da mulher.
5 – Violência moral: acusações de traição, críticas mentirosas, exposição de vida íntima, desvalorização.

Denúncias
Brigada Militar – 190
Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento – 3719  9900
Delegacia da Mulher – 3713 4340
Disque-denúncia (anônimo) – 180
Escritório de Defesa dos Direitos da Mulher – 3715 1895

 

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A prisão

A Polícia Civil prendeu na tarde dessa quinta o homem suspeito de uma tentativa de feminicídio ocorrida em Santa Cruz do Sul no último fim de semana. O cumprimento do mandado de prisão preventiva foi realizado na casa do suspeito, no Bairro Ana Nery. Ele é considerado perigoso pela polícia e tem antecedentes por tentativa de homicídio, lesão corporal, ameaça e estelionato.

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De acordo com a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Santa Cruz do Sul, o nome do suspeito de 40 anos não será divulgado. O motivo do crime seria que o ex-companheiro não aceitava o fim do relacionamento.

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