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Venâncio Aires

Polícia Civil prende suspeito de homicídio em Linha Tangerinas

Foto: Cristiano Silva

Corpo acabou ficando em veículo que familiares usavam para levar a vítima para atendimento médico

A Polícia Civil de Venâncio Aires prendeu na tarde deste sábado, 5, o suspeito do homicídio ocorrido em Linha Tangerinas. O homem de 50 anos, natural de Venâncio Aires foi até a delegacia para prestar depoimento e tomou conhecimento da ordem de prisão preventiva. Conforme o delegado Vinícius Lourenço de Assunção, uma discussão entre os vizinhos que eram cunhados teria motivado o crime.

No depoimento, o suspeito ofereceu sua versão dos fatos, alegando que a vítima estaria munida de um facão e teria partido para cima dele, dizendo que iria matá-lo. No entanto, o delegado afirma que a versão destoa das provas colhidas, já que nenhum facão foi localizado na cena do crime. No decorrer do inquérito policial, outras testemunhas serão ouvidas. Ainda, aguarda-se o resultado das perícias realizadas, que podem auxiliar as investigações.

LEIA MAIS: Briga entre cunhados resulta em morte no interior de Venâncio Aires

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O crime
Um homicídio chocou os moradores de Linha Tangerinas, interior de Venâncio Aires, na tarde dessa sexta-feira. Evilazio Baierle, de 51 anos, tradicionalista e conhecido na localidade como Tio Vila, foi assassinado com um tiro de espingarda à queima-roupa que atravessou seu peito, em frente à sua residência. O disparo foi feito pelo próprio cunhado da vítima, de 50 anos.

Depois do ocorrido, familiares ainda tentaram levar Baierle até o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) em um Volkswagen Fox prata. Esse veículo foi interceptado na estrada geral da loca lidade, na altura da região de Bela Vista, por uma viatura da Brigada Militar (BM) e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que se deslocavam para atender a ocorrência e socorrer a vítima. As socorristas, no entanto, constaram que Evilazio Baierle já estava morto. Com isso, a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) foram chamados.

Policiais e peritos foram até o lugar onde aconteceu o disparo fatal. O local fica no interior de uma grande propriedade rural, dentro da qual existe uma rua cercada por residências de pessoas da mesma família. Evilazio e o seu cunhado eram vizinhos de frente.

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Não havia ninguém na casa do autor do disparo. O portão e as portas da residência estavam destrancados, o que permitiu que os agentes entrassem. Anexo à casa, há um quiosque com piscina. Na garagem foi encontrado um Fiat Toro prata, com placas do Mercosul. A espingarda calibre 20, registrada em nome do suspeito, foi encontrada sobre a mesa da cozinha, com dois cartuchos deflagrados.

“Vem cá que eu dei um tiro no teu pai”, disse o acusado ao sobrinho
A Gazeta do Sul apurou que a rixa entre os cunhados começou há meses, em virtude de negócios envolvendo uma lavoura de silagem. Evilazio Baierle havia cortado a forragem e deixado para o homem de 50 anos ensacar a produção. Porém, devido à demora dele em realizar o trabalho, Evilazio tocou a atividade por conta própria. Esse fato teria sido o estopim para a briga.

Meses atrás, o autor do disparo já teria invadido a casa da vítima e proferido ofensas. Na ocasião, ambos fizeram uma espécie de combinação: cada qual deveria se ocupar com as tarefas apenas no lado da estrada em que ficava sua residência, dentro da propriedade. No dia do crime, entretanto, o suspeito teria roçado uma parte da área que, pelo combinado, pertenceria a Evilazio. Este, então, foi solicitar que o desafeto não repetisse o trabalho neste local.

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Após uma discussão, porém, o suspeito efetuou o disparo de espingarda de dentro do portão da própria casa. Antes de fugir, no entanto, ele ainda teria interrompido um telefonema da esposa de Evilazio, que avisava o filho sobre o ocorrido, e dito ao rapaz no telefone: “Vem cá que eu dei um tiro no teu pai”. Em menos de cinco minutos, o jovem, que mora na região de Bela Vista, teria chegado ao local, onde o atirador já não se encontrava, pois havia fugido a pé.

“Possivelmente, a rixa entre eles foi uma das razões desse infortúnio, que acabou culminando com esse crime gravíssimo”, comentou o delegado Vinícius Loureiro de Assunção. Segundo ele, tudo leva a crer que o atirador estaria muito próximo do portão de sua casa, do lado de dentro. “Embora haja uma perfuração visível no corpo da vítima, temos dois projéteis deflagrados. O tiro foi de um calibre com chumbo grosso, o chamado ‘baletão’, e não deu condições de reação. Não houve nenhuma chance de sobrevivência, tendo em vista que o disparo foi na região do plexo.”

“A Polícia Civil deve dar prosseguimento às investigações com a tomada de depoimentos de testemunhas para analisar todo o cenário e colher o maior volume de informações possível”, salientou Assunção. Ainda de acordo com o delegado, o atirador vai responder por homicídio doloso qualificado por motivação fútil.

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