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SEQUÊNCIA DE GOLPES

Cinco suspeitos de estelionato foram presos nos últimos três dias na região

Foto: Alencar da Rosa

Homem preso na terça retirou produtos em estabelecimentos de Candelária e Sobradinho, supostamente a mando de terceiros

Somente nos últimos três dias, cinco homens foram presos pela Brigada Militar (BM), suspeitos de cometer crimes de estelionato em lojas de materiais elétricos de cidades da região. Por volta das 8h45 dessa quinta-feira, 18, um indivíduo de 38 anos foi detido no Centro de Sobradinho, após uma série de denúncias de que ele estaria tentando aplicar golpes.

A BM descobriu que o suspeito fez contato com empresas locais, tentando se passar por funcionário de uma construtora. Após identificar as características desse homem, os policiais militares localizaram-no na Rua Capitão Veríssimo, Centro, dirigindo um Renault Sandero cinza. O veículo fora emplacado em Caxias do Sul.

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Natural de Carazinho, ele se identificou como motorista de aplicativo e disse aos policiais que se encontrava na cidade para buscar produtos de lojas de materiais elétricos. Acabou sendo preso antes que conseguisse efetuar a retirada dos itens. Encaminhado à Delegacia de Polícia (DP) de Sobradinho, foi liberado após prestar depoimento.

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Já durante a tarde dessa quinta, uma dupla foi presa pela Brigada Militar, desta vez em Vera Cruz. Funcionários de uma loja de materiais elétricos chamaram os PMs, após desconfiarem do golpe. Segundo os lojistas, um homem havia mandado uma mensagem por WhatsApp, apresentando-se como proprietário de uma conhecida empresa e solicitando uma série de produtos. Desconfiados, os funcionários ligaram para essa empresa e constataram com uma secretária que o pedido não havia sido feito pela firma.

Assim, os lojistas comunicaram a BM quando dois homens apareceram para buscar os produtos. Por volta das 15h15, a dupla chegou ao local, na Rua Martim Francisco, em um Renault Logan. O condutor se apresentou na loja para retirar os itens, enquanto um caroneiro aguardava no veículo estacionado. Eles foram abordados pela guarnição antes de fazer a retirada. Presos, foram conduzidos até a DP de Vera Cruz, onde prestaram esclarecimentos.

O condutor, de 41 anos, que estava com um amigo de 22 – ambos de São Leopoldo –, também alegou ser motorista de aplicativo. Ele afirmou que havia sido contratado por um homem que se dizia proprietário da construtora, através de mensagens e áudios.

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Na negociação, o estelionatário pedia para o motorista retirar o material e seguir em direção ao município de Canoas. No caminho, ele mandaria o endereço para entrega. Após os depoimentos, ambos foram liberados. Os nomes dos três detidos pela BM nessa quinta-feira não foram divulgados pelas autoridades policiais.

Na terça-feira, materiais foram apreendidos

Os crimes de estelionato evitados nessa quinta pela Brigada Militar somam-se a outros três registrados em dias anteriores. Na tarde dessa quarta-feira, também em Vera Cruz, uma guarnição foi deslocada após uma série de denúncias de comerciantes sobre um homem que estaria tentando aplicar golpes no centro no município. O indivíduo foi localizado na Rua Roberto Gruendling.

Ele é de Viamão e estava dirigindo um Chevrolet Corsa, cor prata. Na DP de Vera Cruz, relatou que trabalhava como motorista de aplicativo e apenas havia sido contratado para buscar produtos em estabelecimentos de materiais elétricos, a mando de terceiros. Após o registro na Polícia Civil, ele foi liberado. O nome do suspeito não foi divulgado, e o caso é investigado pela DP de Vera Cruz.

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O primeiro dessa série de motoristas de aplicativos detidos sob suspeita de participação em estelionatos foi o único que conseguiu apanhar os materiais nas lojas antes da abordagem da BM. Esse homem, de 26 anos e natural de Novo Hamburgo, foi preso na tarde de terça-feira em Santa Cruz do Sul, por policiais da Força Tática (FT), em um cerco montado na RSC-287. O Vokswagen Voyage branco que ele dirigia, com placas de São José do Cedro, Santa Catarina, estava com o licenciamento vencido.

No porta-malas, os policiais militares encontraram quatro chuveiros de luxo, mil metros de fios de cobre enrolados e 20 rolos de fita isolante. Os itens, avaliados em R$ 5 mil, haviam sido retirados pelo suspeito durante a manhã de terça, em uma loja de Sobradinho. Um dia antes, em Candelária, ele também havia retirado produtos em uma loja e levado para uma residência de Canoas. Após prestar interrogatório na delegacia, ele foi liberado.

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Objetos que estavam no Voyage foram restituídos para empresa de Sobradinho

Polícia investiga se motoristas sabiam do esquema

Os casos registrados entre segunda e quinta-feira revelam um golpe que está se tornando corriqueiro nos últimos meses, e que vem se acentuando na pandemia. O modus operandi envolve um criminoso que entra em contato com lojas e solicita contato para mandar uma mensagem, via WhatsApp, com uma lista de itens para orçamento. Usando indevidamente o logotipo de empresas com credibilidade na região, e utilizando os nomes dos proprietários desses estabelecimentos, o estelionatário faz os pedidos e diz que alguém vai buscar os produtos.

Por acreditar que estão em contato com clientes conhecidos, as lojas acabam entregando os itens, mediante promessa de pagamento a prazo – o que acaba não acontecendo. Todos os suspeitos detidos nos últimos dias relataram ser motoristas de aplicativo contratados para buscar os materiais.

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O delegado titular da DPPA, Paulo César Schirrmann, pediu para os lojistas não entregarem produtos solicitados via WhatsApp sem antes confirmar, por meio de ligações ou contato direto, se estão mesmo lidando com clientes idôneos. “É um golpe muito eficaz, mas extremamente fácil de evitar. Basta verificar por ligação ou pessoalmente se de fato houve o pedido.” Nos casos desta semana, os presos pela Brigada Militar foram liberados pela Polícia Civil.

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Schirrmann explicou que, para uma prisão em flagrante, é preciso ter uma prova muito contundente sobre a participação do suspeito. “Não basta apenas eu achar que essa pessoa tem envolvimento. Os motoristas de aplicativo, na maioria dos casos, são pessoas que não possuem relação direta com o crime, que apenas iriam receber por um frete. Nem sempre estão envolvidos e se tornam vítimas, por isso temos que confirmar a participação.” Os homens presos esta semana não tinham antecedentes, mas sua participação nos crimes será investigada pelas DPs dos municípios onde agiram.

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