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Encruzilhada do Sul

Polícia prende casal que usava financeira para aplicar golpes

Foto: Divulgação Polícia Civl

A Polícia Civil de Encruzilhada do Sul prendeu às 9h10 da manhã desta segunda-feira, 19, o casal responsável por aplicar centenas de golpes financeiros contra idosos, analfabetos e pessoas vulneráveis. A ação desta segunda é um desdobramento da Operação Audácia, deflagrada no dia 30 de março. Na oportunidade, os agentes apreenderam uma grande quantidade de documentos e provas nas residências e na empresa do homem e da mulher, de 37 e 33 anos, respectivamente.

Os pedidos de prisão, em um primeiro momento, foram negados pelo Poder Judiciário, devido à primariedade dos investigados e da pandemia da Covid-19, tendo sido determinadas, na ocasião, medidas cautelares, dentre as quais estava a de suspensão das atividades da financeira. Entretanto, de acordo com a delegada Luana Tamiozzo Medeiros, que coordena a investigação, do apurado que mesmo após a intimação da ordem judicial, os investigados continuaram atuando.

“Eles seguiram ligando para vítimas, cobrando empréstimos antigos, sendo que também houve novas contratações de empréstimos em nome de uma vítima. Ademais, o perfil da Financeira, no Facebook, continua sendo utilizado e, inclusive, solicitou para fazer parte de um grupo de cunho negocial essa semana”, explicou a delegada responsável pela Delegacia de Polícia (DP) de Encruzilhada do Sul.

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O Poder Judiciário, então, decretou as prisões preventivas, ao perceber ser essa a única forma de frear o cometimento de ilícitos por parte dos suspeitos. Os nomes dos investigados não foram divulgados pelas autoridades policiais. Após registro da prisão na delegacia, ele foi para o Presídio Estadual de Encruzilhada do Sul, e ela para a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.

LEIA MAIS: Justiça suspende contratos fraudulentos de financeira que atuava em Encruzilhada

Organização criminosa

Os golpes aplicados pela dupla se davam, principalmente, por meio de falsificação de assinaturas de clientes e da colocação de documentos em branco em meio a contratos lícitos, para serem firmados, sem saber, pelos clientes. No dia seguinte à operação, muitos cidadãos encruzilhadenses, encorajados pela investigação, começaram a procurar a DP, trazendo novos casos a conhecimento.

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De acordo com Luana Tamiozzo Medeiros, responsável pelo caso, já são 74 inquéritos policiais investigando cerca de 350 golpes. “Isso que nem sequer recebemos todas as vítimas ainda. Até o final do mês, já temos agendados, pelo menos, mais 40 pessoas para atender, com novos casos”, salientou. A delegada ainda afirmou que após os desdobramentos pode-se falar na configuração de uma verdadeira organização criminosa. “A partir das investigações, verificou-se haver envolvimento de outros funcionários, de uma forma dolosa, estruturada e permanente.”

Foto: Polícia Civil

Atuação conjunta com a Defensoria Pública do Estado

Enquanto a Polícia Civil atua na investigação e comprovação da existência dos crimes de estelionato denunciados, de outro lado, no âmbito cível, a Defensoria Pública do Estado vem analisando os contratos fraudulentos e, a partir da verificação das irregularidades, busca a pela suspensão das cobranças e restituição dos valores cobrados indevidamente às vítimas.

Segundo o defensor público Rodrigo Vazatta, já houve o ajuizamento de ação civil pública em favor dos consumidores lesados, sendo concedida medida liminar para a suspensão de todos os contratos e quaisquer outras operações financeiras intermediadas pela ABK Financeira. A Defensoria Pública pede, ainda, a restituição dos valores cobrados e descontados dos benefícios previdenciários indevidamente, além da condenação dos réus ao pagamento de danos morais coletivos e individuais em favor de cada consumidor prejudicado pelas atividades da financeira.

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A Defensoria Pública orienta a todos os consumidores lesados que acompanhem os empréstimos e operações financeiras realizadas em seu nome de forma indevida, especialmente para que procurem a instituição caso os descontos nos benefícios previdenciários ou as cobranças continuem ocorrendo, para que se dê total cumprimento à decisão proferida pelo Poder Judiciário.

Para isso, também deverão identificar e informar à Defensoria Pública qual o banco ou instituição financeira responsável pelo contrato e pelos descontos consignados ou cobranças, inclusive com cópia dos extratos (INSS ou banco) ou boletos correspondentes, ressaltando-se que os telefones para contato são os de números (51) 3210 9355, (51) 9 8019 7422 e (51) 9 9105 5102, inclusive via WhatsApp.

LEIA MAIS: Casal que cometia crimes financeiros é alvo de operação da Polícia Civil

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