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Política

Morre ex-ministro gaúcho Alcides Saldanha aos 77 anos

Faleceu nesta sexta-feira, 27, em Porto Alegre, aos 77 anos o político gaúcho Alcides José Saldanha, ex-ministro dos Transportes no governo de Fernando Henrique Cardoso, secretário de Energia e Telecomunicações do Rio Grande do Sul, no governo de Pedro Simon, senador em 1985, deputado federal constituinte e um dos quatro prefeitos rio-grandense de oposição ao governo militar nos anos setenta. A morte foi confirmada às 18 horas pelo Hospital Mãe de Deus.

Alcides Saldanha integrou em 1967 o grupo de dirigentes Partido Libertador que acompanhou o presidente do PL Raul Pilla e o deputado federal Paulo Brossard na dissidência que se integrou ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e se converteu num dos segmentos mais atuantes da oposição ao regime militar. Em 1972 foi eleito prefeito de caçapava do Sul pelo MDB, de  oposição gaúcha ao reime militar. Com a redemocratização, em 1985, ocupou, como suplente de senador, a cadeira do titular Pedro Símon, que se afastara da Câmara Alta para ser o ministro da Agricultura do governo de José Sarney.

No MDB, foi um dos principais organizadores do partido no Estado, como secretário geral. Como teórico seguidor da doutrina do antigo Partido Libertador, escreveu a obra de referência “Parlamentarismo e os Demais Sistemas de Governo”. Saldanha marcou sua gestão na administração pública pela formulação, quando erasecretario geral na gestão do ex-ministro dos Transportes, Odacir Klein, do conceito de modal integrado de transportes (navegação, rodoviário e ferroviário e portuário) para atender as necessidades de expansão do setor produtivo das novas fronteiras com país com custo mais competitivos. Deu  inicio a duplicação da BR 101 do Rio Grande do Sul ao Paraná.
 
Ficou conhecido como um político combativo e intolerante nas questões de ética, probidade e destemor. Iniciou sua militância ainda na adolescência, quando foi presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Julho de Castilhos, de Porto Alegre, o Julinho, Viveu tempos difíceis diante das pressões e perseguições dos militares nos seus tempos de vereador, prefeito e dirigente emedebista no Estado. Também foi reconhecido pelas entidades defensoras de direitos humanos como um ativista de grande importância na condução dos esquemas de evasão de dissidentes uruguaios nos tempos da ditadura militar naquele país.  

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Seu último cargo político foi de integrante da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul. Cumprido seu mandato na AGERS, dedicou-se às suas atividades profissionais de pecuarista e advogado em Caçapava do Sul. Deixa esposa, quatro filhos e cinco netos.

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