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Brasil

Dilma diz que ‘não gosta’, da CPMF mas não descarta novos tributos

Um dia após pedir ajuda ao Congresso na construção de saídas para o rombo fiscal, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 2, que o governo não vai “fugir às suas responsabilidades” e enviará ao Legislativo novas propostas para reduzir o déficit de R$ 30,5 bilhões nas contas públicas -sem descartar, inclusive, a criação de novos tributos. O governo ensaiou recriar a CPMF, o chamado imposto do cheque, mas desistiu diante da repercussão negativa entre políticos e empresários. A presidente pontuou que “não gosta” do tributo, mas deixou claro que “não afasta” a necessidade de criar novas fontes de receita.

“Não gosto da CPMF. Acho que a CPMF tem suas complicações. Mas não estou afastando a necessidade de fontes de receita, não estou afastando nenhuma fonte de receita. Quero deixar isso claro para depois, se houver a hipótese de a gente enviar essa fonte, nós enviaremos”, declarou após cerimônia no Palácio do Planalto.

Nesta terça-feira,1º, Dilma pediu ajuda ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) -este rompido formalmente com o governo-, para propor medidas que cubram o rombo fiscal. Depois do encontro, ambos disseram que “não cabe ao Congresso” resolver o problema do deficit.

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“O governo vai de fato mandar [um adendo à proposta Orçamentária para 2016], e é responsabilidade dele […] Nós não fugiremos às nossas responsabilidades de propor a solução ao problema. O que queremos, porque vivemos em um país democrático, é construir essa alternativa, mas não transferindo a responsabilidade de ninguém porque ela sempre será nossa”, disse a presidente em um recado aos peemedebistas.

Dilma seguiu o mesmo discurso de sua equipe econômica e afirmou que o Planalto “está sendo transparente ao mostrar que tem um problema” e afirmou que, com as medidas que serão tomadas nos próximos meses, “haverá uma mudança de receita” e o Brasil “voltará a crescer”. Segundo ela, o governo “não está errado” quanto ao tamanho do rombo, ao contrário do que dizem parlamentares, que apontaram nesta terça,1º, para um rombo de R$ 70 bilhões. No entanto, disse discordar com o “desastroso”, palavra utilizada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para classificar o rombo.

“Do nosso ponto de vista, nós não achamos que estamos errados. Nós achamos que o deficit é R$ 30 bilhões. O deficit é ruim. Eu não vou concordar com o ‘desastroso’, mas todo deficit é ruim. Se a gente achasse o deficit bom, nós iríamos abraçá-lo, nós não abraçamos o deficit, nós queremos resolver o problema.”

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