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País

Saiba como será o cenário político das eleições de 2018

Confira o cenário político das eleições para cargos federais e estaduais que acontecem em outubro deste ano.

PRESIDENTE

Cenário ainda depende do julgamento de Lula

O cenário da disputa só vai começar a se definir após o dia 24, quando ocorre o julgamento do ex-presidente Lula no Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF4). Se Lula for condenado, não poderá concorrer. Lula é líder nas pesquisas, que apontam o deputado Jair Bolsonaro como seu principal oponente.

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Bolsonaro confirmou essa semana que concorrerá pelo PSL. Já o PSDB deve indicar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Na base do governo federal, há outros nomes no páreo, como o do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e o do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Já o PCdoB cogita lançar a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila e o PSOL pode concorrer com o líder do MTST, Guilherme Bolos.


Lula, Bolsonaro e Alckmin

Em outra frente, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) tenta se firmar como oposição ao governo Temer e absorver votos da esquerda, enquanto a ex-ministra Marina Silva (Rede) deve concorrer pela terceira vez.  O apresentador de TV Luciano Huck, que recebeu um convite formal do PPS, ainda pode voltar à disputa. Também são possibilidades o senador Álvaro Dias (Podemos) e o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (sem partido).

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GOVERNADOR

Com Leite na disputa, base de Sartori se divide

Embora o governador José Ivo Sartori (MDB) ainda não tenha revelado suas pretensões, tudo indica que ele irá disputar a reeleição. Apesar do desgaste sofrido pelo parcelamento de salários de servidores, ele tentará vender a ideia de que avançou no combate ao atoleiro financeiro do Estado.


Sartori e Leite

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Ainda que o sonho de consumo dos emedebistas fosse manter o grupo que atualmente integra o governo, o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) trabalha firme para viabilizar sua candidatura, que já é considerada irreversível e tem potencial para desidratar a campanha de Sartori.

Oposição já tem seis nomes

Principal partido de oposição, o PT já fechou questão em torno do nome do ex-ministro Miguel Rossetto. Tudo indica que os petistas, que estiveram à frente do governo em duas oportunidades, enfrentarão mais dificuldades neste ano, tanto pelo desgaste sofrido pela legenda em nível nacional nos últimos tempos quanto pelo fato de Rossetto ser menos conhecido do que Olívio Dutra e Tarso Genro – que optaram por não concorrer.

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A expectativa de Jairo Jorge (PDT) é justamente catalisar os votos perdidos pelo PT. Em pré-campanha há pelo menos um ano, o ex-prefeito de Canoas aposta nos altos índices de aprovação que obteve enquanto gestor. Ainda no campo da esquerda, o PSOL vai lançar novamente o historiador Roberto Robaina e o PCdoB estuda indicar a ex-deputada Abigail Pereira. Já o PTB tem como pré-candidato o delegado Ranolfo Vieira Júnior, mas mantém conversas com PDT e PSDB.

Em outro campo, o ex-presidente do Banrisul Mateus Bandeira (Novo) tentará atrair os votos da direita.


Rossetto, Jorge e Bandeira

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DEPUTADO ESTADUAL

No Progressistas, Nasário entra no jogo

O partido do prefeito Telmo Kirst, que se encaminhava para fechar apoio em torno da candidatura do secretário de Segurança Henrique Hermany, ganhou mais um pré-candidato nessa sexta-feira: o ex-vereador Nasário Bohnen, atualmente à frente do Departamento de Cultura da Prefeitura. Nasário formalizou sua pretensão de concorrer a Henrique, que também é coordenador regional da legenda, e ao próprio Telmo. “Era um desejo concorrer, e coloquei meu nome à disposição para também ter essa oportunidade”, disse Nasário.

O movimento mudou o cenário para os progressistas, que agora terão que bater o martelo entre dois nomes para fazer dobradinha com o secretário estadual de Transportes, Pedro Westphalen. A decisão vai passar diretamente pela posição de Telmo – que, após a conversa com Nasário, disse que a sua intenção de concorrer é “boa, sólida e válida”. Procurado, Henrique afirmou que se mantém à disposição. “Nasário é um excelente quadro e reúne todas as condições para concorrer. Que bom que o partido tem opções”, disse.

Os progressistas do Vale do Rio Pardo estão há mais de uma década sem representação na Assembleia. Pelo Centro-Serra, Adolfo Brito deve buscar a reeleição.

No PTB, favoritismo é de Kelly

Empenhado em não perder a cadeira na Assembleia que detém ininterruptamente desde a década de 90, o PTB do Vale do Rio Pardo segue com dois nomes no páreo: os vereadores de Santa Cruz Kelly Moraes e Elstor Desbessell. Ambos cobiçam disputar o espaço que será deixado por Marcelo Moraes.

Um dos nomes fortes da oposição na Câmara de Santa Cruz, Desbessell reconhece que o favoritismo é de Kelly, em função de seu histórico político, mas diz que trabalha para “buscar um voo maior”. “Tenho meus motivos para querer concorrer e estou aguardando o partido nos chamar. Sempre respeitei a decisão do partido, mesmo às vezes contrariado”, afirmou. Já Kelly diz que está disposta a concorrer, mesmo se houver outro candidato da região. “Respeito o partido e seria bom conversarmos, mas tenho um compromisso com o PTB Mulher e sigo pré-candidata.”

PT pode ficar sem candidato

Ainda não é certo se o PT da região terá representante na corrida à Assembleia. Após se lançar pré-candidato no ano passado, o vereador de Santa Cruz Paulo Lersch colocou em dúvida o projeto nessa sexta. O problema seria a dificuldade para viabilizar uma campanha, inclusive do ponto de vista financeiro. “Existe abertura do partido e o momento é bom, mas o que temos que ver é se há tempo hábil. Se continuar nesse cenário, eu acredito que não vou”, disse. Por enquanto, os petistas não têm outro nome para concorrer.

Edson Brum (MDB) – O rio-pardense vai disputar a reeleição e trabalha para ser o candidato único da região – embora outros nomes tenham sido cogitados, como o vereador de Santa Cruz Alex Knak e o comandante regional da Brigada Militar, Valmir José dos Reis. “A coordenadoria do MDB  definiu por candidatura única a deputado estadual e meu nome foi confirmado na última reunião”, ressaltou Brum. Procurado, Knak disse que não há definição sobre o assunto.

Fabiano Dupont (PSB) – Ex-candidato a prefeito em Santa Cruz, tem sua candidatura encaminhada. Segundo ele, a confirmação depende apenas de questões pessoais, que serão definidas até março. “Mas hoje é 95% certo”, disse. Dupont deve ser candidato único entre os socialistas do Vale do Rio Pardo e conta com o apoio do deputado federal Heitor Schuch.

André Scheibler (SD) – Vereador em Santa Cruz, Scheibler também está muito próximo de confirmar a presença nas urnas e deve ser o único representante do SD da região na disputa. Sua candidatura é estratégica para fortalecer a sigla, que atualmente está fora da Assembleia. “Já estou me articulando com outros municípios. Considero o cenário muito positivo para mim.”

Airton Artus (PDT) – O ex-prefeito de Venâncio Aires e ex-presidente da Câmara Setorial do Tabaco deve representar os pedetistas do Vale do Rio Pardo na disputa. Segundo o presidente do PDT em Santa Cruz, Bruno Faller, há uma tendência forte de Artus contar com apoio de toda a região para concorrer.

Vinicius Medeiros (PSDB) – Estreante na política, o advogado de Venâncio Aires deve conseguir apoio para ser o candidato único entre os tucanos na região.

DEPUTADO FEDERAL

Marcelo e Heitor são confirmados; Heinze ainda pode concorrer a governador

Bem mais definido é o cenário da disputa à Câmara na região. Atualmente na Assembleia Legislativa, Marcelo Moraes (PTB) confirmou nessa sexta-feira que é “pré-candidatíssimo” a deputado federal. Ele vai herdar o espaço deixado pelo pai, Sérgio Moraes (PTB), que não tem planos de concorrer em 2018. “Ele pretende mesmo se aposentar”, disse. Marcelo, aliás, já vem estabelecendo bases fortes em outras regiões do Estado nos últimos anos.

Heitor Schuch (PSB) também tentará o segundo mandato em Brasília. Conhecido pela defesa da agricultura familiar, o santa-cruzense tem bases em todo o Estado em função de sua atuação à frente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag).

A dúvida que ainda resta é quanto ao candelariense Luis Carlos Heinze (Progressistas) – cuja principal base eleitoral é São Borja, onde foi prefeito. Deputado mais votado do Rio Grande do Sul em 2014 e um dos líderes da bancada ruralista, Heinze colocou o nome à disposição para concorrer a governador. A definição dependerá das articulações com siglas como PSDB e MDB.

SENADOR

Ana Amélia Lemos (Progressistas) – Após abrir mão de concorrer novamente a governadora, Ana Amélia será prioridade dos Progressistas na eleição. Nos últimos oito anos, tornou-se uma parlamentar influente no Congresso.

Germano Rigotto (MDB) – O ex-governador, que concorreu a senador em 2010, pode entrar na disputa caso o MDB não divida chapa com outro partido – a possibilidade de apoiar Ana Amélia ou Beto Albuquerque, por exemplo, não é descartada.

Paulo Paim (PT) – Depois de quase deixar o PT em 2015, já tem sua indicação confirmada para concorrer à reeleição. É hoje um dos expoentes da oposição às reformas do governo Temer e mantém relação próxima com o movimento sindical.

Beto Alburquerque (PSB) – O ex-deputado trabalha para viabilizar sua candidatura, mas a posição dos socialistas na eleição ainda é indefinida. Pode tanto fechar com Sartori quanto migrar para a oposição.

O calendário eleitoral

7 de abril
Prazo final para quem quer concorrer estar filiado a um partido político.

20 de julho a 5 de agosto
Período para os partidos realizarem as convenções em que são definidas as candidaturas.

15 de agosto
Prazo para o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral.

16 de agosto
Com a autorização para propaganda eleitoral, é o início oficial da campanha.

31 de agosto a  4 de outubro
Período de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV.

7 de outubro
Primeiro turno da eleição.

12 a 26 de outubro
Período de propaganda gratuita no rádio e na TV para o segundo turno.

28 de outubro
Segundo turno da eleição.

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