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Câmara de Vereadores

“O desafio é dialogar com a sociedade”, diz vereador que assumirá cadeira de Paulo Lersch

Com a prisão do vereador Paulo Lersch, possível cassação do mandato dele na Câmara de Vereadores e a confirmação da expulsão dele do Partido dos Trabalhadores (PT), a comunidade santa-cruzense conta com um novo vereador que assume a cadeira de Lersch no plenário. Alberto João Heck (PT), de 52 anos, assume a posição no Legislativo pela terceira vez.

O então suplente já esteve à frente do Legislativo entre 1997 e 2000 e de 2013 a 2016. Nas eleições de 2016 fez 1.139 votos. Ele promete que será “um vereador com a bandeira e a camiseta do PT”, e afirma que os maiores desafios que deve enfrentar são o retorno das pautas do partido e o diálogo com a sociedade.

ENTREVISTA

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Gazeta – Como é assumir uma cadeira na Câmara nesse contexto?
Heck – O sentimento é o mesmo que eu percebo no meio político de forma geral. Sinto tristeza por algo assim acontecer. É algo extremamente constrangedor, que atingiu a imagem do vereador Paulo, mas também a imagem do partido e a própria imagem do Poder Legislativo e, por consequência, da cidade. É lamentável, mas o momento já vinha complicado para o partido há mais tempo.

Gazeta – O senhor se surpreendeu com a denúncia contra o vereador Paulo?
Heck – O vereador tocou o seu mandato de forma individual, sem maior ligação com o partido, embora também tenha dado suas contribuições internas. Penso que temos que virar essa página e passar a construir os mandatos de forma coletiva. Temos que resgatar esse vínculo com as posições históricas do partido.

Gazeta – A decisão de expulsá-lo do partido foi correta?
Heck – Na verdade, era uma decisão praticamente anunciada, mesmo antes dos acontecimentos mais recentes. Houve duas situações envolvendo ele que foram levadas à direção estadual. Então era inevitável, uma questão de tempo. E me parecia que ele também não fazia questão de permanecer, tanto que já se noticiava que ele conversava com outros partidos.

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Gazeta – O senhor voltará agora à linha de frente do PT. Como resgatar a imagem do partido?
Heck – O desafio é retomar as nossas pautas e dialogar com a sociedade. O PT tem um histórico de ligação com os funcionários públicos e com os movimentos sociais. Já tive dois mandatos e tive a experiência na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, então acredito que posso contribuir.

Gazeta – A bancada do PT vinha alinhada com o governo Telmo. O senhor fará oposição?
Heck – Oposição não significa ser contra tudo. A função da oposição é questionar o que for preciso e, principalmente, cumprir o papel do vereador, que é fiscalizar o governo. É preciso manter uma relação harmoniosa entre os poderes. No meu mandato anterior, defendi alguns projetos do governo Telmo.

Gazeta – E como será a sua relação com o vereador Ari Thessing, que já declarou que não mudará sua posição em relação ao governo?
Heck – Eu vou ser um vereador com a bandeira e a camiseta do PT. O vereador Ari resolveu responder individualmente pelo seu mandato. Respeito sua posição, mas isso gera um constrangimento e caberá às instâncias partidárias se manifestarem sobre se aprovam isso ou não. Se o vereador se mantiver alinhado ao governo, não estaremos no mesmo lado. Vou trabalhar com independência e não tenho compromisso com qualquer aliança.

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Operação Feudalismo

Lersch foi preso preventivamente na noite de quarta-feira, após ser deflagrada a Operação Feudalismo, do Ministério Público. A investigação apontou que o parlamentar é líder de um esquema que consistia na exigência de parte dos salários de servidores nomeados por ele. Um assessor de Lersch, Carlos Henrique Gomes da Silva, também foi preso. Eles e a mãe do vereador, Nersi Ana Backes, já respondem a uma ação penal. Lersch e Carlos também serão alvo de uma ação civil pública por improbidade administrativa.

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