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SANTA CRUZ

Eleição de 2020 deve ser a mais disputada da história

Foto: Bruno Pedry

Com ao menos sete candidaturas a prefeito encaminhadas, a eleição de 15 de novembro deve ser a mais disputada de Santa Cruz do Sul desde a redemocratização. Alterações nas regras eleitorais, rompimento de alianças tradicionais e ascensão de novas forças políticas estão por trás dessa multiplicação.

A definição do desenho da corrida pela Prefeitura só sairá na próxima quarta-feira, 16, quando ocorrerão as últimas convenções partidárias. Mesmo com a desistência do PSTU, que vinha participando de todas as eleições desde 2008, já estão confirmadas sete candidaturas: Carlos Eurico Pereira (Novo), Alex Knak (MDB), Frederico de Barros (PT), Helena Hermany (PP), Mathias Bertram (PTB) e Irton Marx (Solidariedade), bem como a do PSD, que ainda discute quem encabeçará a chapa. O número de concorrentes ainda pode aumentar, caso o PSDB decida por lançar uma chapa pura.


Dados da Justiça Eleitoral e do Banco de Dados Eleitorais da Unisc mostram que Santa Cruz só teve tantos candidatos durante o regime militar, quando ainda vigorava o sistema das sublegendas e um mesmo partido podia ter até três representantes no pleito. Em 1982, por exemplo, foram sete candidatos, mas três eram do MDB e dois do antigo PDS (hoje PP).

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Nas oito eleições ocorridas no período democrático, as mais disputadas foram as de 1988 (seis candidatos) e 2016 (cinco candidatos). Nas demais, o número de frentes variou entre três (1992, 1996 e 2012) e quatro candidatos (2000, 2004 e 2008 – veja quadro abaixo)

O fenômeno, porém, não é restrito a Santa Cruz. Maior domicílio eleitoral do País, São Paulo, por exemplo, tinha nada menos do que 18 pré-candidatos no mês passado.

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De acordo com o cientista político Paulo Moura, a proibição das coligações para a eleição às câmaras de vereadores é o que está por trás da tendência de fragmentação. Pela nova regra, partidos não poderão formar alianças para eleger vereadores, o que impede que uma sigla eleja parlamentares apoiando-se na votação de outra. “Já que não há mais como ‘pegar carona’, os partidos precisam lançar candidato majoritário para dar destaque à marca e ao número do partido e, assim, tentar eleger mais vereadores”, observou.

Conforme Moura, porém, o resultado dessa estratégia é relativo. “Candidatos majoritários fracos puxam a legenda para baixo. Mas o partido se obriga a fazer campanha para o povo conhecer a legenda e seu número, o que, em tese, pode aumentar o voto na legenda e favorecer a bancada.”


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Os motivos

Racha na base aliada – A desintegração da base aliada ao prefeito Telmo Kirst desde o ano passado fomentou a multiplicação de candidaturas. Em 2016, Telmo concorreu pelo PP e tinha o apoio do MDB, PSDB e PDT. Em 2020, esse grupo estará dividido em pelo menos três frentes.

Emergentes – O último ciclo também foi marcado pela ascensão de novas forças no cenário local, como o Novo e o próprio PSD.

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Fim das coligações – Sem poder fazer coligações para disputar a Câmara, alguns partidos apostam em candidaturas a prefeito para expor suas marcas e números.

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