Apenas dois partidos políticos em Santa Cruz do Sul tiveram candidato a prefeito em todas as eleições municipais desta década. Levantamento da Gazeta do Sul mostra um intenso deslocamento da maioria das siglas ao longo dos pleitos.

Com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a reportagem analisou o posicionamento nas eleições de 2012 e 2016 de cada uma das 20 siglas que integram coligações para a eleição majoritária deste ano. Com um histórico de rivalidade e revezamento no comando do município desde a redemocratização, PP e PTB são os únicos que encabeçaram chapas nas duas disputas e novamente em 2020.

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O levantamento evidencia a volatilidade da maioria das legendas – que, em boa parte, migraram de blocos entre um pleito e outro, sem critérios ideológicos evidentes. Um exemplo é o PSDB: após apoiar o PP em 2012 e o PSB em 2016, desta vez indicou o candidato a vice do PTB. Outro é o PDT, que esteve com o PTB em 2012, com o PP em 2016 e esse ano apoiará o MDB.

Dentre os partidos que estão na linha de frente da disputa municipal esse ano, o PSD havia apoiado o PTB nos dois pleitos anteriores, mas mudou de rumo com a filiação do prefeito Telmo Kirst no ano ano passado. O MDB rompeu um ciclo de duas alianças consecutivas com o PP, enquanto o PT, após a aliança com o PTB, vem com candidato próprio pela segunda vez. Já o Solidariedade, criado em 2013, esteve com o PP em 2016, enquanto o Novo participará pela primeira vez de uma eleição local.

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