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A vez dela

Helena é a segunda mulher eleita para governar Santa Cruz

Foto: Bruno Pedry

Ao lado do vice, Elstor Desbessell, Helena Hermany comemorou nos Plátanos. Candidata do PP venceu com 24.654 votos, contra 18.331 de Mathias Bertram (PTB) e 17.970 de Alex Knak (MDB), segundo e terceiro colocados

Após uma apuração lenta por causa de problemas técnicos no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que adiaram a proclamação do resultado para o fim da noite, o favoritismo de Helena Hermany (PP) se confirmou. A progressista teve confirmada a eleição para prefeita de Santa Cruz do Sul com uma vantagem de mais de 6,3 mil votos sobre o segundo colocado. A consagração de Helena – que elegeu-se prefeita pela primeira vez, embora seja a pessoa que mais tempo passou no comando do governo – ocorre um ano e oito meses após o seu rompimento político com Telmo Kirst (PSD).

Ainda que Helena liderasse as pesquisas, o resultado das urnas era incerto, sobretudo devido ao grande volume de indecisos às vésperas da votação. Ao fim de uma campanha no qual esteve visada do início ao fim e que teve a renovação como uma das pautas centrais, Helena, aos 72 anos e integrante de uma das frentes mais tradicionais da política local, obteve mais de 30% dos votos válidos e superou duas forças emergentes do município, Mathias Bertram (PTB) e Alex Knak (MDB).

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Após votar na escola Goiás no fim da manhã, ela acompanhou a apuração em sua residência, na Rua Presidente Prudente de Moraes, acompanhada de familiares e aliados. A primeira parcial saiu apenas às 17h45, já com a progressista à frente. A partir de então, seguiram-se longos intervalos na divulgação dos números, embora a transmissão dos dados no cartório local tenha transcorrido normalmente. Apenas após as 20 horas – uma hora depois do previsto para a confirmação do resultado –, quando a segunda leva já contemplava mais de 60% das 300 urnas do município, a vitória de Helena começou a parecer irreversível.

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Mesmo com a casa já cercada por militantes, Helena resistiu em sair até a totalização da apuração, temendo uma reviravolta. Os resultados finais só saíram por volta das 23 horas, quando ela cruzou a multidão, ovacionada, e ingressou em uma Kombi na qual foi levada até o Estádio dos Plátanos, onde ocorreu a comemoração.

Com a vitória, ela se torna a segunda mulher na história a se eleger prefeita. A primeira foi Kelly Moraes (PTB), em 2008.

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Em uma campanha marcada por discursos pró-renovação, Helena, aos 72 anos, bateu figuras emergentes da política local | Foto: Bruno Pedry

Discurso teve menções veladas a Telmo
Já passava da meia-noite quando Helena iniciou seu discurso sob chuva no Estádio dos Plátanos. Visivelmente emocionada, abriu a fala comemorando o entrosamento de sua equipe. “Nada deu errado. Não teve uma discussão, uma briga. Foi sempre um clima de alegria e confraternização”, disse. Em seguida, fez uma menção velada às críticas aos clãs familiares que marcaram a campanha e agradeceu ao marido e filhos. “Sempre digo: quem tem família, tem base. Tu só consegue fazer um bom trabalho na rua quando sai de casa bem e amparado.” Ao lado do vice eleito Elstor Desbessell (PL), afirmou que os dois formaram uma “soma imbatível”, por conta da sua inserção nos bairros da Zona Sul e da relação dele com o interior. “Vocês podem ter certeza de que o Elstor e eu vamos fazer um grande governo”, assegurou. Ainda se dirigindo a Elstor, fez referência ao seu rompimento político com o prefeito Telmo Kirst (PP) em março do ano passado, ocasião em que alega ter sido alijada do governo que ajudou a eleger. “Por tudo o que eu sofri, podes ter certeza que jamais vou fazer com um vice meu o que fizeram para mim. Eu sei como dói uma ingratidão”, disse Helena, sob aplausos da militância.

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Ao lado do vice eleito Elstor Desbessell (PL), afirmou que os dois formaram uma “soma imbatível”, por conta da sua inserção nos bairros da Zona Sul e da relação dele com o interior | Foto: Bruno Pedry

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