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Gestão

Na Prefeitura, gestão fiscal foi tratada quase como obsessão por Telmo Kirst

Foto: Banco de Imagens/Gazeta do Sul

Telmo em sua posse, em janeiro de 2013: sua gestão liquidou passivos do Município, como a dívida da AES Sul e o transporte urbano

Telmo Kirst, que morreu na noite desse domingo 20, foi eleito prefeito de Santa Cruz do Sul em 2012 com um forte discurso de defesa da austeridade fiscal. Ao longo dos últimos oito anos, garantir o resultado positivo nas contas da Prefeitura ao final de cada exercício foi sua meta prioritária, tratada por ele quase como uma obsessão. Mesmo em meio à recessão econômica do País, que se iniciou em meados de 2014 e levou muitas prefeituras a enfrentarem dificuldades, a gestão conseguiu manter as contas em dia, sem atrasar salários de servidores – algo que Telmo sempre exaltou com orgulho.

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Em sua última manifestação pública, na semana passada, o prefeito anunciou que entregaria o governo com superavit superior a R$ 10 milhões, que deve ser o maior de toda a sua administração. Também adotou uma série de medidas tendo em vista a preservação da saúde financeira do Município, como cortes de cargos em comissão, criação de incentivos à renegociação de dívidas de contribuintes e antecipação do calendário do IPTU. Nos últimos dois anos, porém, sofreu críticas em razão da contratação de financiamentos vultosos para realização de investimentos.

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O governo também se notabilizou por liquidar alguns passivos antigos do Município, como a regularização do serviço de transporte coletivo urbano (que ficou sem contrato durante quase uma década) e a dívida com a AES Sul (hoje RGE), contraída por falta de pagamento da taxa de iluminação pública entre junho de 1998 e abril de 2006. Firmado em 2014, o acordo com a empresa permitiu uma redução do valor devido de R$ 83,5 milhões para R$ 34,2 milhões. Parte do valor foi paga por meio da entrega de imóveis públicos, e o restante será quitado em parcelas até 2024.

Também em 2014, Telmo deu fim ao impasse da Corsan, que operou sem contrato em Santa Cruz por seis anos. Após um nervoso debate político, o governo obteve maioria folgada na Câmara para aprovar convênio que prevê investimentos de R$ 395 milhões até 2054, incluindo a universalização do abastecimento de esgoto. A atuação da estatal, porém, ainda é motivo de queixas na comunidade em razão dos constantes episódios de falta d’água. Em diversos momentos, o Executivo foi acusado de frouxidão.

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