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Após crise

Presidente do PTB de Santa Cruz admite possibilidade de debandada da sigla

Foto: Banco de Imagens/Gazeta do Sul

Borba durante convenção do partido, em 2019

A crise deflagrada no PTB do Rio Grande do Sul a partir de declarações ofensivas feitas pelo presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson, contra o governador Eduardo Leite (PSDB) e o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior (PTB) pode ter consequências em Santa Cruz. Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta terça-feira, 16, o líder da sigla no município, Marco Borba, disse que o episódio pode levar à desfiliação de lideranças locais.

O PTB é uma das principais forças da política santa-cruzense há décadas. Além de ter governado o município em três oportunidades e manter uma das maiores bancadas na Câmara de Vereadores, o diretório possui representação tanto na Assembleia Legislativa (com a deputada estadual Kelly Moraes) quanto na Câmara Federal (com o deputado federal Marcelo Moraes).


Conforme Borba, as declarações de Jefferson causaram estarrecimento. “Ele passou dos limites, se perdeu na inteligência dele”, criticou. O dirigente chegou a dizer que o partido não pode ser comandado nacionalmente por “pessoas desse naipe” e disse que a condução da legenda no país vem contribuindo para os insucessos eleitorais petebistas nos últimos três pleitos municipais.

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Segundo Borba, a indignação com a postura de Jefferson é compartilhada por Marcelo e Kelly, com quem conversou sobre a situação. “Eles estão estarrecidos. Jamais vão concordar com essa postura”, disse. De acordo com ele, as circunstâncias podem servir de estímulo para um desligamento em massa do partido. “Isso nos dá todos os motivos para nos reunirmos e sairmos do partido. Tudo pode acontecer nos próximos dias”, falou.

Após deputados do PTB no Rio Grande do Sul – incluindo Marcelo e Kelly – assinarem uma nota em repúdio às declarações ofensivas de Roberto Jefferson, o presidente nacional anunciou nessa segunda-feira, 15, que o diretório regional da sigla seria dissolvido. Porém, o atual presidente estadual, Luís Augusto Lara, afirmou que isso não pode ser feito por meio de um canetaço. Jefferson também defendeu a expulsão do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior da sigla.

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