A variação do custo da cesta básica nacional em Santa Cruz do Sul foi de 3,03% no período entre fevereiro e março, passando de R$ 300,83 para R$ 309,96. Dos 13 produtos pesquisados, seis apresentaram redução de preço e sete apresentaram elevação. As maiores contribuições para o aumento foram da banana (1,86%), revertendo à redução verificada no levantamento anterior, e do tomate (1,13%). Os produtos que mais contribuíram para segurar esta elevação foram a batata inglesa (– 0,65%) e a carne bovina (– 0,13%).

Segundo o professor da Universidade de Santa Cruz (Unisc), Silvio Arend, com este custo para a cesta básica, um trabalhador de Santa Cruz – que recebeu no início deste mês o salário mínimo -, precisaria ter trabalhado 86,53 horas para adquirir o conjunto de 13 produtos. Seguindo a metodologia utilizada pelo Dieese, o valor do salário mínimo no município para o mês de fevereiro de 2015, pago no início de março, deveria ter sido de R$ 2.584,44 para uma família composta por dois adultos e duas crianças.

CESTA BÁSICA

A cesta básica nacional relaciona um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto ao longo de um mês, tomando como base o Decreto Lei nº. 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a Lei nº. 185 de 14 de janeiro de 1936 – da instituição do salário mínimo no Brasil. Este Decreto estabelece que o salário mínimo é a remuneração devida ao trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.