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Minipigs viram bichos de estimação

Eles são apegados aos donos, adoram um carinho e não dispensam uma brincadeira. A julgar pela forma como interagem, até parecem um cachorro hiperativo. A diferença, neste caso, é que os latidos dão espaço a grunhidos. Embora suas características físicas se distingam dos conhecidos animais de estimação, os minipigs ganham cada vez mais espaço nos lares brasileiros. Facilmente adestrado, ele é considerado o quarto animal mais inteligente do mundo e aprende lições como andar de coleira e fazer as necessidades no lugar certo em um curto período de tempo. Conforme o veterinário Renato Teixeira, dóceis, os animais da linhagem suína se apegam aos donos facilmente e são, sim, ao contrário do que muitos pensam, higiênicos. “O estereótipo de sujo, sem dúvida, vem da maneira com que são criados os suínos em sua maioria, mas isso não é verdade”, diz. Longe dos chiqueiros os bichinhos vêm conquistando, conforme o profissional, uma grande quantidade de fãs desde o filme Babe–O Porquinho Atrapalhado (1995), como foi o caso da santa-cruzense, Lilian Nedel. 

Fomentando o sonho de adquirir um bichinho, há, pelo menos, cinco anos, a bancária finalmente teve condições financeiras de concretizar o seu desejo e hoje, cuida do Veloster, seu minipig de coloração preta e bege. Após realizar uma busca por criadores da espécie em todo o Brasil, ela descobriu o pet em um site paulista. Depois de se certificar que se tratava de uma plataforma confiável e acertar questões burocráticas como encargos, passagens áreas e demais trâmites para transportar o bichinho, ela e o namorado buscaram o pequeno no Aeroporto Salgado Filho em 27 de fevereiro. “Quando vi o Veloster pela primeira vez não me aguentei e chorei. Quase não acreditei que ele era tão pequeno”, relembra. Atualmente o animal vive com a bancária na cidade onde atua Santa Bárbara e já é atração do município. “Quando eu vou passear com ele, muitos param, curiosos, e me indagam sobre o porquê de criar um porco. Depois se acostumam e acham ele engraçado”, comenta aos risos. 

Sobre as características do pequeno Veloster, Lilian não poupa elogios no que tange à facilidade de adestramento do bichinho, tanto que, em menos de dois dias, o pet já atendia pelo nome. “Não imaginei que ele seria tão esperto. No mesmo dia em que adquirimos a casinha, por exemplo, ele já entendeu que ali seria o seu lugar de descanso. Além disso, aprendeu, igualmente, que as necessidades se fazem no jornal ou na rua”, relata. A santa-cruzense ainda destaca a fidelidade do mascote. “Aonde eu vou, ele vai atrás. Tanto que, nos momentos em que eu me afasto, percebo que fica me procurando.” Relação de apego e companheirismo, que segundo esta dona coruja, contribuiu para amenizar os momentos de solidão. 

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“Como vejo meu namorado e a família somente nos finais de semana, o Veloster se tornou o meu companheiro inseparável. É muito bom poder conceder carinho e receber o afeto dele”, finaliza satisfeita.

Com expectativa de vida entre 15 e 18 anos, os minipigs, possuem, em média, 35 centímetros de altura e pesam até 20 quilos. Para adquiri-los é preciso desembolsar entre R$ 1 mil a R$ 2 mil. O mais indicado é procurar sites especializados de criação do porquinhos.

Criação exige cuidados especiais

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Por se tratar de uma raça sensível, os minipigs exigem cuidados singulares. Segundo o veterinário Teixeira, a alimentação, controlada a fim de evitar a obesidade do pet, pode ser mantida com milho, folhas, frutas e legumes, além de rações específicas para suínos. Outra instrução é oferecer espaços como vastos gramados para que ele possa se exercitar por meio de brincadeiras. Atividades seguidas com afinco pela “mãe”  coruja, Lilian. “Quando venho para Santa Cruz, levo ele para o aeroclube e gosto de soltá-lo para correr à vontade”, observa. Soma-se isso, a dedicação para deixar Veloster com a pele hidratada e cheirosa. Para isso, ela usa hidratante após o banho e ainda aplica protetor solar antes dos passeios diários. “Ele gosta tanto do banho que uma vez até dormiu”, lembra Lilian. Os minipigs também devem ser vacinados contra a Leptospirose e  Erisipela. Assim como os demais mascotes, a vermifugação periódica também integra os cuidados para deixá-lo sempre saudável.

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