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Discriminação

Prefeitura vai denunciar falso cartaz sobre a Aids no município

Uma falsa campanha sobre a Aids circula nas redes sociais orientando que para que não se tenha relações sexuais com santa-cruzenses devido a um suposto alto índice de portadores do vírus HIV no município. No cartaz “Não faça sexo com pessoas de Santa Cruz do Sul”, os autores dizem que 950 casos estariam confirmados apenas em Santa Cruz do Sul, mas que existe a suspeita de que o número pudesse chegar a 2,5 mil. Ainda no papel, os responsáveis pela campanha alertam para que a comunidade se previna usando preservativos, que seriam disponibilizados em uma espécie de bolsão anexo ao cartaz.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Henrique Hermany, a campanha teria surgido em Santa Cruz já em novembro do ano passado. Na época, ela foi denunciada à Polícia Civil e ao Ministério Público. Nesta quinta-feira, 7, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (Cemas), irá registrar o caso novamente na Delegacia de Polícia. “Vamos reforçar essa denúncia para tentar identificar o autor da campanha. Esse documento não é verdadeiro e traz informações erradas. Os números apresentados não condizem com a realidade do município”, explicou Hermany, que completou que o Cemas é um serviço regionalizado.

Para o secretário, essa campanha é um ato criminoso e discriminatório e, por isso, a autoria da ação deve ser investigada. “Pedimos para que as pessoas não compartilhem essa imagem, pois trata-se de uma campanha falsa”. De acordo com Hermany, as campanhas públicas realizadas no município precisam ser autorizadas pela Prefeitura. 

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Cartaz falso circula nas redes sociais

 

NÚMEROS DO CEMAS

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Conforme a coordenadora do Cemas, Daiana Raddatz, atualmente, 1,1 mil pessoas estão em atendimento. Entretanto, ela ressalta que o número não é referente apenas a moradores de Santa Cruz do Sul. “O Cemas atende municípios que fazem parte da 13ª região. Entre essas 1,1 mil pessoas, há moradores da nossa região e também de outras, que preferem atendimento em Santa Cruz pela questão do sigilo, para não serem identificadas por conhecidos”, contou.

Em 2013, segundo Daiana, Santa Cruz do Sul estava em 41º lugar no ranking dos municípios gaúchos com maior número de portadores do vírus da Aids. A coordenadora do Cemas frisa que pacientes HIV positivo recebem tratamento contínuo e não têm alta, o que faz com que aumente os casos. “Em 2015, o Cemas completa 20 anos e temos pacientes que estão em atendimento desde o início do serviço. É um trabalho cumulativo”, disse.

As campanhas relacionadas à Aids também teriam contribuído para a identificação de novos casos. “Devemos levar em conta que nos últimos anos foram realizadas ações preventivas incentivando e orientando a procura por atendimento. Antes, os testes para HIV estavam disponíveis apenas no Cemas e agora é possível realizar eles nas ESFs (Estratégia Saúde da Família) e em alguns postos de saúde do município”, explicou a coordenadora.

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