Decidida a solucionar o antigo problema da carência nas instalações da Câmara de Santa Cruz do Sul alugando um novo prédio, a presidente Solange Finger (PTB) terá que lidar com a falta de consenso entre os vereadores em torno da ideia.

Encontrar uma nova sede para o órgão foi a meta estabelecida por ela ao ser eleita presidente em dezembro. Nos últimos meses, mais de dez imóveis foram visitados, mas a preferência recaiu sobre os antigos escritórios da Philip Morris, na esquina entre as ruas Fernando Abott e Assis Brasil, por ser um prédio amplo e de fácil acesso. As negociações estão bem encaminhadas, e a expectativa de Solange era bater o martelo até a semana que vem.

Ontem, porém, quando a proposta foi formalmente apresentada aos demais vereadores, em reunião reservada antes da sessão ordinária, vários se opuseram, de diferentes partidos. Defenderam que, ao invés de partir para um novo contrato de aluguel, deveria ser retomado o projeto de construção de uma sede própria. A Câmara está instalada desde 1991 em um prédio alugado na Rua Júlio de Castilhos cuja estrutura é limitada e está em dramáticas condições de conservação, tanto que sequer tem Plano de Prevenção Contra Incêndios aprovado pelo Corpo de Bombeiros. Em 2001, foi adquirido um terreno na esquina da Marechal Deodoro com a Sete de Setembro para receber uma sede nova, mas a obra jamais saiu do papel.