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Solidariedade

Por telegrama, a notícia que pode salvar uma vida

A esperança de salvar uma vida é o sentimento que tomou conta de Juliana Isabel Schweikart, de 34 anos, nos últimos dias. Em setembro de 2010, quando foi realizada a campanha Todos por Um em Santa Cruz do Sul para tentar encontrar um possível doador de medula óssea para Mariana Cuervo Eidt, a empresária foi uma das candidatas. Quase cinco anos depois, ela foi surpreendida por uma carta do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). O telegrama recebido na última terça-feira informava que Juliana é compatível com um dos pacientes com leucemia cadastrados no instituto.

“Me emocionei muito. Publiquei uma foto no Facebook e, desde então, tenho recebido diversas mensagens de pessoas que já conseguiram doar e também de quem espera por uma doação.” Embora tenha entrado em contato com o Redome, Juliana disse que o processo é lento e que ainda não sabe quando serão dados os próximos passos. “Algumas pessoas que já doaram me informaram que levaram em torno de dois meses até que fossem chamadas para realizar exames e confirmar a possibilidade de doação. Além disso, ainda pode aparecer outra pessoa com a genética mais compatível que a minha, embora seja muito difícil”, comentou.  De acordo com estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a chance de encontrar uma medula compatível é, em média, uma em cem mil.

Há quase dois anos, Juliana perdeu a irmã Ana Maribel vítima de um câncer. “Ela, eu não pude salvar. Mas, antes de ela morrer, prometi que me envolveria mais em causas sociais para ajudar quem eu pudesse. Entrei em grupos voluntários que realizam projetos e, até agora, fiz o que pude. Não recebi essa carta por acaso. Tem um dedinho da minha irmã nisso”, acredita. “E mesmo que eu não possa ser a doadora, vou me mobilizar em campanhas para incentivar a doação. A repercussão que meu caso teve nas redes sociais mostra que tenho que aproveitar esse momento para informar sobre a doação de medula óssea. Acredito que, de alguma forma, estou sendo usada em benefício desta causa.”

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COMO SE TORNAR DOADOR

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde pode ser doadora de medula. Após preencher um formulário com dados pessoais, é coletada uma amostra de sangue, de 5 a 10 mililitros para testes, os quais vão determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre doador e paciente. As informações e os resultados ficam armazenados em um sistema informatizado, que realiza o cruzamento dos dados. Se for compatível, o doador será chamado para exames complementares.

Segundo o Inca, a medula é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, sob anestesia, e se recompõe em apenas 15 dias. “Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana”, informa o Inca.

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