Um mês depois de novo anúncio sobre a retomada das obras de asfaltamento da ERS–403, entre Rio Pardo e Cachoeira do Sul, o trecho segue sem qualquer sinal de máquinas ou operários em serviço. Os usuários encontram apenas poeira no trecho ainda sem pavimentação e a cada chuva se forma um atoladouro nas proximidades do início do asfalto entre a localidade de Bexiga e Cachoeira do Sul. O secretário estadual dos Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, anunciou no dia 4 de janeiro o reinício dos trabalhos na rodovia pelo lote 2, que compreende o trajeto desde o entroncamento da ERS–410, em Bexiga, até a cidade de Rio Pardo.
O produtor rural Antônio Silveira e o frentista de posto de combustíveis André Oliveira, da localidade de Cruz Alta, no distrito de Bexiga, mostram-se totalmente descrentes em relação ao anúncio das obras de retomada e à conclusão da rodovia. “Aqui já fizeram muitas promessas”, afirma Silveira. “Este ano tem eleição para prefeito e pode ser que mexam em mais um quilômetro”, acrescenta brincando. Tanto Silveira como Oliveira ressaltam que, em direção a Cachoeira do Sul, o tráfego fica praticamente inviável em dias de chuva por causa do barro. “Apenas carro tracionado passa. Há poucos dias, quando choveu, um trator ficou direto lá para ajudar os motoristas”, destaca Silveira. “Teve até um caminhão com lenha que tombou há um mês e pouco”, acrescenta.
O movimento na estrada aumentou no começo de janeiro ao se tornar uma alternativa para o tráfego após a interrupção do trânsito sobre a ponte da BR–153 sobre a Várzea do Castagnino, em Cachoeira do Sul, em consequência dos problemas estruturais ocorridos no final de dezembro pela enchente. Oliveira afirma que agora o número de veículos novamente diminuiu com a construção de um desvio na ponte de Cachoeira do Sul. Mas observa que em poucos dias começa o escoamento da safra de soja e de tabaco, além do trânsito normal de caminhões com lenha. “A patrola aqui passa apenas a cada dois meses. Agora até que está melhor, pois faz um mês que arrumaram boa parte da estrada”, diz.
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