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À espera de respostas

Família de jovem morto em Sinimbu fala em negligência

A causa da morte de Claudiomiro Gomes de Oliveira, 28 anos, ainda é um mistério em Sinimbu. Embora nenhum resultado laboratorial possa trazer o agricultor de volta aos familiares, a companheira dele, Alexandra Tatiana Schmidt, espera por respostas. Para ela, a morte poderia ter sido evitada se os sintomas tivessem sido investigados mais cedo. Segundo a santa-cruzense, o marido precisou procurar atendimento médico três vezes, até o dia em que foi internado.

Os problemas começaram no domingo, 10 de abril. “Ele se queixou de muita dor de cabeça e no corpo, além de enjoo. Mas sempre foi uma pessoa forte, resistente a doenças, e então esperou.  No dia seguinte, como ainda estava com os sintomas, procurou atendimento no plantão do hospital de Sinimbu. O médico só deu remédio para dor e disse que ainda não era possível fazer um diagnóstico, pois a doença estava só começando a se manifestar”, relatou Alexandra. 

O casal voltou para casa, em Linha Inverno, no interior de Sinimbu. Porém, enquanto as horas passavam, o desconforto do homem piorava. Dois dias depois, Alexandra levou o companheiro à Unidade Básica de Saúde (UBS), com os sintomas mais fortes e febre. “O médico receitou antibiótico e disse que ele poderia estar com sinusite. Questionei sobre a possibilidade de ser H1N1 ou dengue e ele disse que não, mas não me pediu nenhum exame para descobrir o problema do Claudiomiro”. 

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Como os remédios não apresentavam efeito e a situação só piorava, somando às dores a febre alta e a dificuldade de respirar, no dia seguinte retornaram ao plantão. “A enfermeira até xingou ele. Disse que não esperava o medicamento fazer efeito. O médico que atendeu ele naquele dia também disse que se tratava de uma sinusite e receitou tratamento para isso. Disse que poderia levar sete dias para o remédio fazer efeito e que precisava esperar o resultado”, contou. De nada adiantou e o enfermo precisou de uma nova visita ao plantão.

Na sexta-feira Claudiomiro teria ficado o dia todo de repouso. “Já não tinha mais forças para fazer nada. Só vomitava e reclamava de dor. Sempre as mesmas queixas. Quando fomos atendidos no sábado pela manhã, no plantão, recebemos atenção. Fiquei aliviada. Pensei ‘agora sim ele vai receber o tratamento’, mas já era tarde demais”, lamentou Alexandra. De acordo com ela, o plantonista solicitou a internação imediata e um leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). “Pediu exames para conhecer o quadro clínico e comentou que desconfiava tratar-se de leptospirose. Foi tudo muito rápido. Perto da meia-noite de domingo ele conseguiu leito de UTI e chegou ao Hospital Santa Cruz. Pouco tempo depois, morreu.”

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