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Associação do Carnaval tem futuro incerto em Santa Cruz

Mais de um mês após uma reunião acalorada, que estremeceu as bases da Associação das Entidades Carnavalescas de Santa Cruz do Sul (AECSC), a organização segue com futuro incerto. De seis integrantes da diretoria, quatro renunciaram, questionando a prestação de contas do presidente referente à cobrança de ingressos para os desfiles de Carnaval. Uma assembleia marcada para o fim do mês decidirá o que deve ser feito. 

A Gazeta do Sul teve acesso ontem à ata da última reunião da AECSC, realizada no dia 25 de maio. O documento indica que o encontro pegou fogo – como, aliás, já vinham relatando pessoas que estavam presentes. Segundo o relatório, a prestação de contas apresentada pelo presidente Edinei Martins foi questionada, inicialmente, pela secretária da associação, Marli Câmara. Ela cobrou maior detalhamento da venda de ingressos. 

A relação entre Marli e Edinei vinha estremecida há mais tempo, a ponto de o presidente da entidade já ter registrado, contra ela, ocorrência de calúnia na polícia. Ambos, inclusive, terão audiência judicial no próximo dia 6. Procurada, Marli preferiu não se pronunciar. 

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Entretanto, de acordo com a ex-vice-presidente da AECSC, Isabel Ferreira, mais membros da diretoria vinham estranhando a discrepância entre o número de ingressos vendidos e o volume de pessoas que, ao menos aparentemente, assistiu aos desfiles na noite de 12 de março. Conforme o balanço oficial, a portaria teria arrecadado R$ 17,3 mil, com um público pagante de cerca de 2,5 mil pessoas – os ingressos estavam a R$ 7,00 e quem doasse alimentos não perecíveis entrava por R$ 5,00 no Parque da Oktoberfest.

A arrecadação com ingressos, estacionamento e bebidas foi dividida entre as cinco escolas de samba. Após o pagamento de despesas, o valor total ficou em R$ 15,5 mil. “O pessoal ficou insatisfeito, pois no dia do desfile se calculou que havia muito mais gente assistindo”, diz Isabel. O próprio Edinei comentou, em entrevista à Gazeta na ocasião, que o público teria ficado entre 8 mil e 10 mil pessoas. 

Hoje ele garante que a prestação de contas está correta. “Aquela vez se trabalhou com estimativas, da Brigada e da Prefeitura. Mas o número mais correto é o apurado pela portaria. É este que vale.” Edinei afirma que a última reunião da entidade “foi um circo”. “Um grupo se mostrou insatisfeito com meu trabalho, tão elogiado pela imprensa e pela Prefeitura. Lavei as mãos. Dei as costas e abandonei a reunião.”

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