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Tecnologia

Cães são identificados com chip em Vera Cruz

Você já ouviu falar de cachorro com microchip? Em Vera Cruz tem. A tecnologia visa identificar os animais do município, principalmente para comprovar quem é o responsável, em caso de abandono ou desaparecimento. A implantação resultou de uma parceria entre o Conselho Municipal de Proteção, Assistência e Tratamento de Animais (Compata) e a Vigilância Sanitária e Ambiental, viabilizada em 2015 mediante licitações.

O dispositivo funciona como um código de barras, associado a um cadastro na internet, junto ao Sistema de Identificação e Registro de Animais da América Latina (Siraa). “Isso ajuda caso o cão se perca ou seja abandonado e também serve para comprovar de quem é a responsabilidade. Utilizamos também para registrar a adoção de animais que foram resgatados das ruas em trabalho conjunto com ONGs. Já empregamos para contatar o tutor de um cachorro que fugiu”, explica o veterinário André Sant’Anna, da Vigilância. Outras informações também podem ser inseridas no chip, como a data da vacina antirrábica e o nome do veterinário, assim como o pedigree e identificação dos pais do animal.

O Registro Geral Animal (RGA) já é obrigatório em diversas cidades do País. Além do documento (que tem apenas valor simbólico), os proprietários recebem uma plaqueta de metal, que deve ser afixada na coleira. No entanto, o RGA, isoladamente, não é suficiente para reencontrar um bichinho perdido ou roubado. “O microchip é do tamanho de um grão de arroz e é colocado debaixo da pele com uma agulha e aplicador semelhante a uma seringa. O número é associado a um cadastro na internet, que possui os dados do animal e do tutor”, detalha Sant’Anna. Muitos cães receberam o microchip durante a campanha de aplicação de anticoncepcional e vermífugo, em março. Haverá nova campanha entre 17 de outubro e 1º de novembro.

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A microchipagem já é obrigatória na cidade de São Paulo e em grande parte dos países do mundo, principalmente quando o animal está em deslocamento. Os cães que vagam pelas ruas devem ser recolhidos para evitar a propagação de zoonoses e epidemias, e para um adequado controle sanitário, como aplicação de vacinas e combate a parasitas. E quem mantém um animal sem considerar os cuidados com o bem-estar está sujeito a ser indiciado por crime.

“Através do trabalho realizado atualmente, sabemos que a incidência de algumas zoonoses de grande importância para a saúde pública é pequena no município”, comenta o veterinário. Segundo ele, a leishmaniose visceral só foi diagnosticada em dois cães nos últimos dois anos, e a raiva não ocorre em Vera Cruz há várias décadas. Porém, a ocorrência de sarnas e verminoses é comum nos cachorros de rua.

Como funciona

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O microchip contém um microcircuito integrado, constituído de um código de identificação exclusivo e inalterável, além de um capacitor e antena. Por não ter bateria, permanece inativo, sendo acionado ao receber um sinal enviado pelo aparelho leitor, que então recebe no visor o número exclusivo. Criadores de cães e gatos utilizam o dispositivo por exigência de associações, para assegurar a origem da raça e impedir falsificações de pedigree.

Como o microchip fica dentro de uma cápsula de biovidro cirúrgico (mesmo material usado em marca-passos), a sua durabilidade chega a cem anos. A leitura dos dados é realizada por um scanner, que faz a varredura do sinal emitido pelo chip através de uma frequência de rádio baixa.

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