O governo do Rio Grande do Sul repassou, nessa semana, R$ 148 milhões aos hospitais gaúchos. O pagamento foi feito por meio das secretarias da Saúde e da Fazenda, sendo que os municípios e casas de saúde integrantes da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde receberam R$ 3,1 milhões. Esse valor faz parte de R$  26 milhões destinados aos incentivos estaduais de outubro do ano passado.

Em entrevista à Rádio Gazeta, o presidente do Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Vale do Rio Pardo (Sindhvarp), Celso Teixeira, afirmou que o valor pouco muda a situação econômica complicada que as entidades estão enfrentando. “É uma gota d’água no oceano”, comparou. Segundo ele, ainda continuam em atraso os incentivos de março, abril, maio e dezembro do ano passado.

Devido à arrecadação do IPVA ter superado R$ 1 bilhão, Teixeira disse que esperava mais do governo. “Achávamos que seria pago março e abril, que são os mais atrasados. O governo tenta ludibriar a opinião pública, mas não está fazendo sua parte”, observou. 

De acordo com ele, as demissões fizeram com que os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aumentassem, pois muitas pessoas abandonaram planos de saúde. “O serviço só aumenta”, apontou. Para o presidente do sindicato, a população gaúcha é a mais prejudicada, já que alguns hospitais estão reduzindo exames e especialidades, devido à falta de recursos.

Os hospitais, clínicas e laboratórios que prestam atendimento pelo SUS receberam R$ 72 milhões, oriundos de recursos federais e estaduais. Os valores tem como objetivo custear a produção de serviços do mês de novembro e o teto Média e Alta Complexidade (MAC) de dezembro do ano passado – consultas e cirurgias ambulatoriais especializadas que envolvem alta tecnologia e alto custo financeiro. Já o restante, R$ 50 milhões, são referentes a ações judiciais movidas por casas de saúde e prefeituras e saíram diretamente do Tesouro do Estado.