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Santa Cruz

Indústria e comércio puxam as contratações

Apesar das perspectivas concretas de retomada da economia brasileira após três anos de recessão, 2017 começou com um desempenho tímido na geração de postos de trabalho com carteira assinada em Santa Cruz do Sul. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que janeiro registrou o menor saldo de vagas dos últimos dez anos.

Segundo o Caged, o primeiro mês do ano terminou com 46 admissões a mais do que demissões. Os saldos foram positivos na indústria e no comércio, enquanto os setores de serviços, construção civil e, principalmente, agropecuária demitiram mais do que contrataram no período. A função que registrou mais desligamentos foi de trabalhador volante em lavouras, o que é consequência do avanço da colheita de tabaco – mais de 200 foram dispensados no período.

Na prática, porém, o desempenho está diretamente relacionado à realidade da indústria fumageira. Até agora, apenas cerca de 5% da safra foi entregue, o que deve empurrar para mais tarde o período mais intenso de contratações de trabalhadores temporários nas empresas. Atualmente, por causa da valorização do real frente ao dólar desde o início do ano, as indústrias estão comprando apenas o mínimo necessário, na expectativa de uma reversão no câmbio. Além disso, insatisfeitos com os preços pagos, muitos produtores estão preferindo adiar as entregas. Apesar disso, as funções que registraram os maiores saldos em janeiro foram de auxiliar de processamento de tabaco (293) e operador de empilhadeira (51).

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Uma fonte ligada à indústria acredita que as contratações só devem ganhar ritmo a partir de abril. “Vai vir uma leva de clientes agora na metade de março. Se houver negócio, aí no início de abril esses processos começam a se intensificar”, observa. 

E como a produção este ano superou à do ciclo passado, o volume de contratações deve ser maior e os contratos, mantidos por mais tempo, provavelmente até fins de agosto. “Ano passado teve safreiro que ficou só três meses. A safra acabou no fim de junho. Este ano deve ir agosto adentro”, acrescenta.

Ainda segundo o Caged, o Brasil fechou 40,8 mil postos de trabalho em janeiro. Já o Rio Grande do Sul encerrou o mês com saldo positivo de 8,1 mil vagas.

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OS NÚMEROS

O SALDO EM JANEIRO

  • 2017     46
  • 2016           88
  • 2015              754
  • 2014                   654
  • 2013        339
  • 2012                 885
  • 2011         353
  • 2010                  301
  • 2009                   653
  • 2008            728

O SALDO POR SETOR*

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  • Indústria            247
  • Comércio        70
  • Serviços             -24
  • Construção civil        -41
  • Agropecuária        -203
  • *Em janeiro de 2017

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