À primeira vista, o convite do técnico em enfermagem José Carlos Haas para conferir de perto uma das 200 colônias de abelhas que possui no pátio de casa pode ser assustador, mas logo se torna uma experiência interessante, já que os insetos são de uma espécie que não possui ferrão. Para compartilhar os conhecimentos sobre os meliponários – nome dado às colméias de abelhas sem ferrão – Haas abriu sua casa no último sábado para 32 outros criadores das espécies. O encontro foi o primeiro dessa ordem em Santa Cruz do Sul, e foi organizado pela Associação de Meliponicultores do Rio Grande do Sul. O objetivo da reunião, conforme o presidente do grupo, Hugo Schmidt, é promover a prática, já que algumas das espécies estão em extinção.

A cada colheita, os meliponicultores chegam a retirar até oito quilos de mel de cada colônia. O mel produzido pelas abelhas sem ferrão custa dez vezes mais do que o mel comum e é rico em nutrientes e propriedades medicinais. A principal reivindicação da associação hoje é a regulamentação da colheita do mel que, apesar de ser autorizada pela Secretaria da Agricultura do Estado, não possui legislação específica.