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Saúde

Hospital Regional de Rio Pardo troca de administradores

O Hospital Regional de Rio Pardo terá uma nova administração a partir do dia 6 de abril. O Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) vai substituir a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), que administrava o estabelecimento desde fevereiro de 2014. O anúncio oficial foi feito ontem pelo prefeito Rafael Barros. Uma garantia foi dada: os atendimentos continuarão 100% pelo SUS.

A primeira reunião de transição aconteceu ontem à tarde. Os contratos de funcionários, fornecedores e empresas terceirizadas serão revistos e adequados. O concurso que seria feito pela FHGV foi cancelado, e os candidatos receberão a taxa de inscrição de volta ou poderão transferir a inscrição para outra unidade. A FHGV informou que recebeu na última quarta-feira o comunicado de que o contrato seria encerrado.

O procurador jurídico da Prefeitura, Milton Coelho, disse que o encerramento do contrato estava previsto há um ano. “Não é uma rescisão. Estava definido que iria até 5 de abril. O administrador público poderia renovar ou não”, afirmou.

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Segundo ele, o prefeito quer transformar o hospital em extensão universitária, dado que o Gamp administra a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) desde dezembro do ano passado. “O que vai atingir a população de imediato são as cirurgias em massa, que têm dado resultado excelente em Canoas. Fazem até 60 procedimentos do mesmo tipo em um fim de semana. Isso é um diferencial. Vamos atender a região de forma mais eficaz.” 

O novo contrato ainda será apreciado pelo Conselho Municipal de Saúde. A Gamp quer trazer a experiência de dois anos na gestão de hospitais para evoluir o serviço prestado em Rio Pardo. Uma das apostas é a retaguarda do Hospital Universitário de Canoas, vinculado à Ulbra, assim como o Hospital de Pronto Socorro de Canoas. “Teremos uma integração com um hospital maior, que poderá auxiliar em procedimentos mais complexos, além do aparato de profissionais da Ulbra e o suporte acadêmico”, disse o superintendente regional do Gamp, Rafael Lima.

O prefeito e o secretário de Saúde, Augusto Ferreira Pellegrini, reuniram-se com o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo dos Reis, para definir a forma de pagamento dos repasses em atraso. O valor de R$ 20 milhões vai ser pago até metade de abril. Parte será direcionada à FHGV para pagamentos de salários, e o restante servirá a investimentos no hospital. O prefeito ressaltou que a verba mensal proveniente do Estado foi reduzida de R$ 2,3 milhões para R$ 1,8 milhão. “Isso ocorreu em todo o Estado. Então, queremos fazer muito com pouco dinheiro”, explicou.

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Prefeito destaca mutirões de saúde

O prefeito Rafael Barros destacou a realização de mutirões de saúde como forma de desafogar as filas. “O Gamp já faz esse tipo de procedimento em Canoas. Na região, por exemplo, podemos ter 60 pessoas com problemas no ombro. Todos farão consultas e exames durante a semana e, em pouco tempo, serão encaminhados para cirurgia. Tenho a responsabilidade de atender a região. São praticamente 150 mil pessoas dos municípios conveniados”, ressaltou. 

As melhorias na estrutura e atendimento ainda serão discutidas, mas o Gamp deseja inserir recursos de telemedicina no hospital, para auxiliar e promover o diagnóstico e monitoramento de pacientes a distância, com o objetivo de reduzir tempo e custos. Um plano será desenvolvido para elencar as prioridades. O hospital é referência em traumatologia e saúde mental. Tem 93 leitos e atende 11 municípios.

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Histórico

Em janeiro de 2016, foram inauguradas a nova Central de Imagens (com tomógrafo, raio-x digital e raio-x móvel) e a Central de Processamento de Dados. Em dezembro, três focos LED foram colocados nas três salas de bloco cirúrgico e outros dois focos portáteis foram destinados à Emergência, na sala vermelha e sala de sutura.

Em 2015, já havia sido disponibilizada à comunidade a nova ala cirúrgica, com capacidade para 14 leitos. Houve a aquisição de outros equipamentos, com destaque para o arco cirúrgico e o torniquete pneumático. O hospital apresentou 290 internações, 21.938 procedimentos ambulatoriais, 99 cirurgias e 35 partos na média mensal de 2015.

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