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Educação

Violência nas escolas teve diminuição no ano passado

Professores dos 18 municípios de abrangência da Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE) discutiram nesta semana a prevenção da violência na escola. O debate ocorreu na Câmara de Vereadores, em Santa Cruz. A boa notícia é que os números evidenciam uma redução nos atos violentos em 2016. Na lista de casos, o topo é ocupado por indisciplina. Na sequência, a agressão verbal e a agressão física. O bullying vem logo depois.

O mapeamento, feito por meio das Comissões Internas de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (Cipave), entre maio e novembro de 2016, com abrangência total, permitiu fazer um comparativo. A indisciplina caiu 35%. A queda nas brigas entre alunos foi de 12% e no bullying, 7,5%. Já as agressões contra os professores, funcionários e equipe diretiva caíram 1,5%. Os dados são fornecidos por meio de um sistema online.

Os participantes da comissão na escola praticam ações em consonância com um projeto elaborado durante as reuniões mensais. A Cipave é formada por alunos, professores, equipe diretiva, funcionários e pais. “É um trabalho em busca da paz. Prevenir para que não aconteça. E se acontecer, a Cipave atua com medidas na tentativa de que não venham a se repetir”, explica a coordenadora das Cipaves e do Centro Regional de Gestão de Conflitos e Combate ao Bullying, Marlei Eliane Tuchtenhagen.

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O diálogo entre a escola e a família e a parceria com uma rede de apoio, como psicólogos, assistentes sociais e Conselho Tutelar, são vistos como fundamentais para o controle da violência. “Vivemos um momento turbulento, com alunos mais agressivos e sem limites, sem referência familiar. Famílias sem saber como agir perante as situações e com dificuldades de educar seus filhos. É necessário um apoio para que esses alunos possam frequentar a escola, respeitar este espaço e realmente obter uma aprendizagem significativa”, detalha Marlei.

Uma opção que tem atraído educadores é a assembleia de alunos. Um curso de formação foi ofertado no ano passado, coordenado pela pedagoga Susana Más, da Unisc. A orientadora da Escola Frederico Augusto Hannemann, de Vera Cruz, Marli Frey, acredita que o método surtiu efeitos positivos. “Há uma busca pela paz coletiva. Eles aceitam melhor e seguirão o que foi dialogado porque foram eles mesmos que fizeram as propostas”, afirma.

O orientador Ernani Bohnenberger, da Tenente José Jerônimo Mesquita, de Vera Cruz, também aposta nessa mudança de paradigma. “O aspecto disciplinar é fundamental para uma boa aprendizagem”, observa.

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