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Agricultura

Plantio com arroz perde área para a soja na região

Nos últimos seis anos, a área de cultivo do arroz na região apresentou redução significativa e parte dela foi ocupada pela soja. Alguns produtores desistiram de trabalhar com o cereal e outros reduziram a área para fazer rotação de cultura com a soja. A medida se deve à baixa rentabilidade do arroz e à existência de áreas com problemas de infestação de arroz vermelho resistente. 

Conforme o chefe do 5º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate), do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga),  engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch, há dez anos a área com cultivo de arroz na depressão central do Estado era de aproximadamente 160 a 165 mil hectares. Na safra 2010/2011 foi atingida a maior área da região destinada ao cereal – 171.675 hectares. 

Nesse mesmo ciclo, a do 5º Nate – que abrange Rio Pardo, Pantano Grande e Passo do Sobrado, mais a parte norte de Encruzilhada do Sul – chegou a 19 mil hectares e Cachoeira do Sul, a capital do arroz, semeou 40.986 hectares com o cereal. A partir de 2011, começou a redução. Tatsch relata que a área semeada com arroz na região central caiu anualmente, baixando para 143.373 hectares na safra que está em fase final de colheita, o que representa redução de 16,5% em seis anos.  

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O 5º Nate foi o que teve a maior diminuição – 31% –, caindo para 13.123 hectares nesse período. A segunda maior queda, de 25%, ocorreu no 4º Nate (Cachoeira do Sul), que cultivou 39.929 hectares no ciclo 2016/2017. O agrônomo explica que esses dois núcleos apresentaram maior redução por possuírem áreas um pouco mais altas e menos planas (dobradas) que as demais, facilitando a drenagem e, consequentemente, a implantação da soja.  

No entanto, mesmo nesses Nates, o cultivo de soja em área de várzea é de muito risco porque essa planta não tolera encharcamento. Áreas de difícil drenagem e com período de enchentes devem ser evitadas. Porém, Tatsch diz que os benefícios para o cultivo subsequente com arroz compensam o risco. O produtor tem ganhos em produtividade, melhoria do solo, redução de custos com preparo e facilidade no controle de plantas daninhas. 

Como frisa o agrônomo, a soja foi introduzida para rotação de cultura e controle do arroz vermelho, buscando melhorar a produção do cereal. O Irga incentiva essa prática e até tem um projeto para ampliar a produtividade da soja na várzea, que é o Projeto Soja 6000. 

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