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Educação

Escolas com mau desempenho sofrerão ajustes

Os resultados do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul (Saers), divulgados pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) na semana passada, apontaram o ensino médio como a fase de pior desempenho dos estudantes gaúchos. As provas de Língua Portuguesa e Matemática foram aplicadas em dezembro do ano passado para 151.952 alunos de 2,6 mil turmas de 2º e 6º anos do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio. 

Na região de abrangência da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), que engloba 18 municípios e 103 escolas, 15 aparecem entre as 50 melhores do Estado, ranking que engloba instituições classificadas nos níveis básico, adequado e avançado (veja abaixo como funciona a classificação). Destas 15, apenas três correspondem ao ensino médio e ambas estão em padrão básico. 

Para o coordenador da 6º CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, o baixo desempenho das turmas de ensino médio pode ser atribuído ao menor acompanhamento das famílias nesse período escolar, aos altos índices de evasão e infrequência dos estudantes e à independência que vem com a adolescência. “Nessa fase, o jovem começa, em certa medida, a gerenciar a própria rotina, e com isso, dificilmente reserva um tempo para os estudos, como os pais faziam quando ele era criança”, comenta.

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Quanto ao papel da escola, Moura afirma que a falta de cobrança quanto à frequência e o bom desempenho nas atividades de turno oposto podem ter influenciado. Da mesma forma, a carência de formação pedagógica continuada para os professores também foi apontada pelo coordenador como um fator preocupante. “São questões bem sérias, que estão sendo resolvidas. Posso garantir que o foco, até 31 de dezembro de 2018, vai ser a melhoria da aprendizagem e dos níveis de proficiência das escolas.” 

Segundo o coordenador, o próximo passo, diante dos resultados do Saers, é a intervenção naquelas escolas que estão com nível crítico. Dentre as 103 abrangidas pela 6ª CRE, 11 estão nessa situação, sendo duas delas de Santa Cruz. “Elas estão sendo chamadas de forma particular e irão preencher uma ficha técnica sobre todo o funcionamento pedagógico da escola. A partir disso, apontarão as mudanças necessárias, que pode ser a troca de professores e de estrutura, dentre muitas outras questões”, afirma. O coordenador explica que trata-se de uma intervenção pedagógica para que essas instituições possam avançar nos padrões de proficiência.

Como funciona

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O Saers classifica as escolas em quatro padrões de desempenho, considerando a proficiência dos estudantes nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. O objetivo é oferecer um diagnóstico para melhorar o trabalho dos professores e o aprendizado dos alunos, ajustando as aulas de acordo com as dificuldades individuais.

No nível básico encontram-se aqueles alunos que já estão em processo de domínio das habilidades e competências, mas ainda precisam de reforço. No nível adequado estão os estudantes que apresentam um ampliado leque de habilidades e merecem aprofundamento. Já o padrão avançado engloba os alunos capazes de desenvolver habilidades e competências sofisticadas, que podem ser desafiados a aprender ainda mais. Há ainda o nível abaixo do básico, referente  aos alunos com proficiência abaixo do esperado e que necessitam de recuperação.

Ernesto e Rosário entre as melhores

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Após a divulgação dos resultados do Saers, a Seduc liberou uma lista, em ordem alfabética, das 50 escolas com melhor desempenho geral na avaliação, das quais 15 pertencem à região de abrangência da 6ª CRE. Apareceram nessa lista as santa-cruzenses Petituba, Goiás, Professor Pedro Affonso Rabuske, Gaspar Bartholomay, Ernesto Alves de Oliveira e Nossa Senhora do Rosário. As duas últimas, inclusive, tiveram bom desempenho em mais de uma categoria. 

Para a supervisora da Ernesto Alves, Estela Eidt Rovedder, os bons resultados da instituição podem ser atribuídos ao trabalho sério e qualificado dos professores e ao investimento responsável das verbas oriundas do governo e do Conselho de Pais e Mestres (CPM). “Investimos na formação continuada dos profissionais, em reuniões diárias e mensais e também em jornadas pedagógicas anuais”, detalha. O colégio conta atualmente com dois laboratórios de informática, um de química, física e biologia e uma biblioteca bem equipada. 

Nas turmas de anos iniciais, projetos de incentivo à leitura e o desenvolvimento de noções matemáticas com materiais concretos e lúdicos também são citados pela supervisora como geradores de bom desempenho. “Além disso, contamos com o apoio constante das famílias. Fazemos reuniões no início do ano para explicar nosso planejamento e sistema de avaliação e também nas entregas de boletins trimestrais e eventos do CPM.”

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Quando ao desempenho abaixo do esperado no ensino médio, Estela acredita que a falta de comprometimento dos alunos em prestar a prova pode ter influenciado. “Eles não têm o mesmo engajamento dos pequenos na execução da prova. Infelizmente, vejo como um característica dessa geração a falta de comprometimento com o estudo e com o interesse em aprender mais e se desafiar”, afirma.

Também constaram na lista divulgada pela Seudc o IEE Gomercinda Dornelles Fontoura, de Encruzilhada de Sul; a EEEM Margit Kliemann, de Gramado Xavier; a EEEM Biagio Soares Tarantino, de Rio Pardo; a EEEM Guilherme Fischer, de Vale do Sul e a EEEM Frederico Kops, de Sinimbu.

Resultados de Santa Cruz

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2º ano do ensino fundamental
Língua Portuguesa
Básico
EEEM José Mânica
EEEM Aflredo José Kliemann
EEEF Sagrada Família 
EEEF Felippe Jacobs

Adequado
EEEM Willy Carlos Frohlich
EEEF José Wilke
EEEF Nossa Senhora de Fátima
CE Professor Luiz Dourado 
CE Monte Alverne
EEEF Professor Affonso Pedro Rabuske
EEEF Bruno Agnes
EEEB Estado de Goiás
EEEM Nossa Senhora do Rosário
EEEM Santa Cruz
EEEF Petituba
EEEF Gaspar Bartholomay

Avançado
EEEM Ernesto Alves de Oliveira 
EEEF Guilherme Simonis

Matemática
Básico
EEEM José Mânica
EEEF José Wilke
EEEF Sagrada Família 
EEEM Nossa Senhora da Esperança

 Adequado
CE Professor Luiz Dourado 
EEEM Willy Carlos Frohlich
EEEF Gaspar Bartholomay
EEEF Petituba
EEEB Estado de Goiás
EEEM Ernesto Alves de Oliveira 
EEEF Guilherme Simonis
EEEM Aflredo José Kliemann
EEEM Nossa Senhora do Rosário
EEEF Nossa Senhora de Fátima
EEEF Bruno Agnes
CE Monte Alverne
EEEF Felippe Jacobs

Avançado
EEEF Prof.  Affonso P. Rabuske   

6º ano do ensino fundamental
Língua Portuguesa
Básico
CE Monte Alverne.
EEEM Santa Cruz.
EEEE José Mânica
EEEM Nossa Senhora de Fátima
EEEF José Wilke
EEEF Sagrada Família
EEEM Willy Carlos Frohlich
EEEF Felippe Jacobs
EEEM Nossa Senhora da Esperança
EEEM Aflredo José Kliemann

Adequado
EEEF Gaspar Bartholamay
EEEF Petituba
EEEM Ernesto Alves de Oliveira
EEEM Nossa Senhora do Rosário
EEEB Estado de Goiás
EEEM Bruno Agnes
EEEF Professor Affonso  Pedro Rabuske
EEEF Nossa Senhora de Fátima
EEEF Guilherme Simonis
CE Professor Luiz Dourado

Matemática
Básico
EEEM Nossa Senhora de Fátima
EEEB Estado de Goiás
CE Monte Alverne
CE Luiz Dourado
EEEM José Mânica
EEEM Santa Cruz
EEEM Alfredo José Kliemann
EEEF Sagrada Família
EEEM Willy Carlos Frohlich
EEEF Felippe Jacobs
EEEF José Wilke
EEEM Nossa Senhora da Esperança

Adequado
EEEM Errnesto Alves de Oliveira
EEEM Nossa Senhora do Rosário
EEEF Gaspar Bartholomay
EEEF Professor Pedro Affonso Rabuske
EEEF Petituba
EEEF Guilherme Simonis
EEEF Bruno Agnes

1º ano do ensino médio
Português e Matemática
Duas escolas, cujos nomes não foram divulgados, ficaram abaixo do básico. Todas as demais foram classificadas em nível básico. 

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