Durou pouco a expectativa de que pudesse ser revertido o aumento no preço da gasolina. Anunciado pelo governo federal na quinta-feira da semana passada, o decreto que determinou a elevação dos impostos sobre os combustíveis havia sido suspenso nessa terça-feira pelo juiz Renato Borelli, da 20ª Vara Federal no Distrito Federal. No fim da tarde de ontem, contudo, o Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília acolheu o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e anulou a liminar. Para os consumidores, isso significa que os valores da gasolina, do diesel e do etanol vão continuar mais altos.
Entre as ilegalidades citadas por Borelli na decisão provisória constava o não cumprimento da “noventena”, prazo de 90 dias entre a edição da norma e sua entrada em vigor. Outro ponto citado pelo magistrado foi a forma do reajuste, que deveria ter sido por lei e não por decreto. Ao recorrer da decisão, a AGU alegou que a tributação dos combustíveis era “imprescindível” para garantir a arrecadação de R$ 10,4 bilhões entre julho e dezembro deste ano. Pelos cálculos do governo, se a liminar fosse mantida, o prejuízo seria de R$ 78 milhões por dia.
Em Santa Cruz do Sul, o aumento no preço dos combustíveis chegou às bombas na manhã seguinte à divulgação do decreto. Da faixa de R$ 3,49 registrada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre os dias 16 e 22 de julho, o preço do litro da gasolina comum agora está na média de R$ 3,91, conforme levantando realizado pela Gazeta do Sul na tarde dessa quarta-feira.
Publicidade
A média se mantém desde a última sexta-feira. A pesquisa considerou 19 estabelecimentos em Santa Cruz. O preço mais baixo para pagamento à vista foi de R$ 3,88 e o mais caro, R$ 3,99. Já para as compras no cartão de crédito, o valor mais barato também é de R$ 3,88 e o mais caro fica em R$ 4,17.
Embora a maioria dos produtos consumidos diariamente pela população chegue ao comércio por meio do transporte rodoviário, o aumento dos combustíveis ainda não causa impactos visíveis na região. A avaliação é do representante regional da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Celso Müller. “Ainda não sentimos nada, mas acredito que os fornecedores não irão elevar demais os preços. Como as pessoas já estão comprando menos, um aumento poderia gerar retração”, comentou. Já para o presidente do Sindilojas do Vale do Rio Pardo e Taquari, Mauro Spode, o comércio deve sentir o aumento nas próximas semanas. “É um efeito cascata. Hoje ninguém tem muito estoque, então a reposição é mais frequente. Os lojistas irão sentir os impactos.”
OS PREÇOS NESSA QUARTA
Publicidade
Posto Pflug Júlio de Castilhos R$ 3,98 (dinheiro e débito) R$ 4,10 (crédito)
Posto Tapuia Marechal Floriano R$ 3,88 (todas as formas de pagamento)
Posto do Monumento Galvão Costa R$ 3,99 (todas as formas de pagamento)
Posto do Gordo Galvão Costa R$ 3,88 (todas as formas de pagamento)
Posto do Galo Gaspar Silveira Martins R$ 3,88 (dinheiro e débito) R$ 4,08 (crédito)
Posto Pflug Gaspar Silveira Martins R$ 3,98 (dinheiro e débito) R$ 4,10 (crédito)
Posto 1 Carlos Trein Filho R$ 3,98 (dinheiro e débito) R$ 4,13 (crédito)
Posto Ipiranga Carlos Trein Filho R$ 3,88 (dinheiro e débito) R$ 4,08 (crédito)
Posto Nevoeiro Senador Pinheiro Machado R$ 3,88 (qualquer tipo de pagamento)
Posto Ipiranga Ernesto Alves R$ 3,88 (qualquer tipo de pagamento)
Posto 2001 Independência com Jost R$ 3,88 (dinheiro e débito) R$ 3,98 (crédito)
Posto Spengler 2 Joaquim Murtinho R$ 3,90 (dinheiro e crédito) R$ 4,17 (crédito)
Posto Rod Oil Acesso Grasel R$ 3,99 (somente dinheiro)
Posto Sim Avenida Independência R$ 3,98 (qualquer tipo de pagamento)
Laço Velho (antigo Sapo) Euclydes Kliemann R$ 3,88 (qualquer tipo de pagamento)
Posto Charrua Euclydes Kliemann R$ 3,88 (qualquer tipo de pagamento)
Posto Shopping Car Ramiro Barcelos R$ 3,88 (dinheiro e débito) R$ 3,99 (crédito)
Posto Central BR-471, ao lado da Rodoviária R$ 4,09 (crédito) Oferecerem desconto à vista
Posto Lisboa Euclydes Kliemann (Esmeralda) R$ 3,88 (qualquer tipo de pagamento)