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Santa Cruz

Intercâmbio cultural entra em jogo junto com torneio de Stocksport

Há mais de duas semanas, Santa Cruz do Sul vem recebendo visitantes internacionais para a 7ª Copa América de Stocksport, que ocorre até domingo nas quadras do Centro Cultural 25 de Julho. A abertura oficial do torneio ocorreu na noite de ontem, mas é a partir das 8 horas de hoje que os grupos entram na pista para valer. O que está em jogo, no entanto, vai além do título: o momento é de integração e intercâmbio cultural. Os anfitriões aproveitam a oportunidade para mostrar por que a cidade é reconhecida pela beleza, enquanto os turistas conhecem e se envolvem nas atividades locais. Na noite desta sexta, por exemplo, eles estarão nos jogos germânicos, no 25 de Julho. 

Quem frequenta o espaço onde  as partidas são realizadas encontra visitantes do Canadá, do Paraguai e até da Áustria, embora o país não participe da competição. Eles chegaram aos poucos – os primeiros no dia 11, e os últimos na tarde dessa quinta-feira. Segundo o presidente da Federação Gaúcha de Eisstocksport, Sérgio Böhm, parte do grupo já conheceu as fumageiras e os principais pontos turísticos do município. O restante deve  fazer isso na próxima semana, quando os jogos estiverem finalizados. Cinco equipes masculinas e quatro femininas estão na disputa, somando 23 competidores estrangeiros. 

Entre os participantes estão Jennifer Mayrl, 38 anos, e o pai Helmut Mayrl, 75, de Barrie, no Canadá. Esta é a primeira vez que a canadense visita a cidade. Helmut, porém, já esteve por aqui em 2009. Os dois chegaram a Santa Cruz na terça-feira, mas Jennifer ainda não teve tempo para um tour completo. Por enquanto, está focada nos treinos. “Depois (da competição), vou conhecer a cidade”, comenta ela, que é presidente da Federação Canadense do esporte. Jennifer conta que ouvia falar sobre a beleza da cidade e, ao chegar, foi surpreendida mesmo pelos dias típicos de verão em pleno inverno – está acostumada com temperaturas negativas na estação mais fria. 

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As semelhanças entre as culturas local e canadense – eles têm, inclusive, uma Oktoberfest do Canadá – fazem com que pai e filha se sintam em casa. Em Santa Cruz, reencontram amigos que fizeram durante as competições. São parte da família, como diz Helmut. 

O santa-cruzense Eduardo Henrique Schuster, 27 anos, é um deles. Busca os dois no hotel  e os leva aonde desejam ir – mesmo que seja para a quadra, treinar. Ontem, Schuster acompanhou o presidente da Federação Gaúcha e o visitante Wilfried Simon, que mora em Bregenz, na Áustria. O turista veio apenas a passeio. Ele diz que, desde a primeira viagem ao Brasil, em 2009, quando participou de um torneio na Oktoberfest, ficou impressionado com a receptividade. Tanto que retornou dois anos depois e desta vez. “O sonho dele é morar em Santa Cruz depois que se aposentar”, brinca Böhm.

A outra terra da Oktoberfest

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Engana-se quem pensa que a Festa da Alegria é novidade para os turistas canadenses. A verdade é que eles também vivem, durante uma semana de outubro, a festividade germânica. E por lá não é pouca coisa, não. Realizada nas cidades de Kitchener e Waterloo, a Oktoberfest do Canadá é considerada a maior festa alemã da América do Norte, atraindo em torno de 500 mil visitantes. A festividade conta com grandes tendas, conhecidas como Festhallen, espalhadas por clubes alemães. 

Jennifer e Helmut contam que, assim como o nosso evento, a Oktober canadense tem uma programação musical e cultural, com direito a gastronomia típica e danças. Quem ficou curioso pela festança ainda tem tempo para se programar e conhecê-la. Neste ano, será realizada entre os dias 6 e 14 de outubro.

Pista e equipes estão entre as melhores

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Além do clima fora do comum para a estação, o que chama a atenção dos turistas são as pistas onde praticam o stocksport em Santa Cruz. “Nossas pistas estão entre as melhores do mundo na modalidade de concreto. A grande diferença é que as competições mundiais são em pistas de gelo”, diz Böhm. Schuster já competiu em város países e, para ele, a quadra daqui se destaca pela qualidade. “Acredito que, por causa do frio, as pistas de lá ‘trabalham’ muito. Elas congelam. Uma pista irregular atrapalha o jogo. É por isso que eles gostam tanto das nossas.”  

Ele acrescenta ainda a qualidade dos jogadores brasileiros, colocando o Brasil entre os 12 melhores países na modalidade. “Almejamos bons resultados, inclusive o título. Entre os países, o Paraguai é o nosso grande adversário nessa competição, mas acredito que a disputa maior será interna.” De acordo com Böhm, pelo Brasil, há competidores de Lajeado, além de Santa Cruz. As disputas serão transmitidas ao vivo pela fanpage Eis – Stocksport Brasil no Facebook.

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