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Trânsito

Buracos e falta de roçada começam a preocupar na RSC-153 

Pelo menos três vezes por semana, o caminhoneiro Réus Ramon, 42 anos, cumpre o trajeto Carazinho–Rio Grande. Apesar de encarar trechos mais complicados, o motorista começa a se angustiar com a situação da RSC-153, entre Gramado Xavier e Vera Cruz. Trata-se de uma extensão que passa a apresentar problemas comuns a rodovias com maior tempo de existência, como rachaduras e buracos em sequência. Acontece que a 153 foi inaugurada há menos de sete anos. Para quem está acostumado a encontrar crateras mais adiante – o exemplo entre Barros Cassal e Soledade é clássico –, o cenário começa a preocupar. “A gente já percebe que o pavimento está se ‘abrindo’. É uma camada muito fina de asfalto para receber veículos pesados”, avalia.


Ramon Réus: terceira faixa é necessária para as emergências | Foto: Lula Helfer

Com a chuva do último fim de semana a situação da rodovia exige ainda mais habilidade dos motoristas, que “dançam” na hora de desviar dos buracos. Um dos trechos mais críticos está localizado próximo da entrada de Herveiras, onde as aberturas no asfalto ficam ainda mais visíveis. “Tu desvias de um buraco e cai em outros dez”, desabafa a moradora da localidade de Pinhal Santo Antônio, Ana Lúcia de Vargas, 29 anos. Ao lado do marido, Leomir dos Santos, 34, ela administra uma borracharia localizada às margens da 153. Segundo o casal, que ouve queixas dos motoristas diariamente, a principal reclamação diz respeito à falta de acostamento e roçada. “É só andar um pouquinho para perceber que o mato está tomando conta e até tapando as placas”, diz Vargas.

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Operação tapa-buracos inicia nesta semana

De acordo com a assessoria de imprensa do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), os danos no pavimento decorrem do excesso de peso dos veículos de carga (bitrens e tritens) que transitam pela RSC-153. Isso acontece porque a rodovia, inaugurada em dezembro de 2010, funciona como um corredor de exportação agrícola do Estado, unindo as regiões Norte e Planalto Médio ao Porto de Rio Grande. “É fato que o tráfego contínuo de veículos com carga excedente reduz a vida útil das rodovias pavimentadas e os mesmos necessitam da autorização especial para a circulação”, informou a assessoria em nota.

Apesar de a explicação pelas rachaduras ficar centrada somente nas chamadas Combinações de Veículos de Carga, a assessoria confirmou que a 3ª Superintendência Regional do Daer, de Santa Cruz do Sul, já emitiu ordem e deve iniciar uma operação tapa-buracos a partir da próxima semana. “O cronograma inicia pela ERS-412 (entre Vera Cruz e Santa Cruz) e, na sequência, avança pela RSC-153 – pois a primeira dá continuidade à segunda.”

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Sobre a invasão do matagal na estrada, o Daer esclareceu que desde o início dessa semana a empresa responsável pela conservação do trecho realiza a limpeza entre o entroncamento com a RSC-287 e Barros Cassal. A expectativa é que ao longo dos próximos dias, os reparos sejam concluídos.


Matagal esconde sinalização. Daer promete limpeza no trecho | Foto: Lula Helfer

“Falta de acostamento nos deixa apreensivos”

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Mais do que os buracos na RSC-153, o que preocupa a rotina do caminhoneiro Réus Ramon quando trafega pela rodovia é a falta de acostamento. Segundo ele, não ter um espaço para estacionar o caminhão em caso de emergência torna a passagem pelo trecho apreensiva. “Se tiver que parar de última hora vai ter acidente. Isso me preocupa muito, ainda mais por dirigir um veículo mais pesado.”

Para o condutor, a construção de uma terceira pista – carência também de outras estradas – poderia deixar a viagem mais tranquila e evitar colisões. Com relação à falta de acostamento, a assessoria do Daer se resumiu a afirmar que a rodovia oferece refúgios ao longo do segmento, enquanto o trânsito de pedestres é proibido. 

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