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Santa Cruz

Macaco é visto outra vez no Centro; veja como agir quando ele aparecer

Depois do episódio do macaco-prego que foi resgatado com uma lata entalada na mão, em agosto, pelo menos em três oportunidades um primata foi encontrado circulando pelo Centro de Santa Cruz do Sul nas últimas duas semanas, sempre em áreas próximas. Nessa sexta-feira, ele foi visto no estacionamento da Gazeta Grupo de Comunicações. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade informa que já recebeu diversos chamados para capturar o animal, o qual estaria fazendo o trajeto do Centro ao Bairro Pedreira. No entanto, ele ainda não foi resgatado.

A secretaria afirma que acompanha a situação do macaco e os moradores só devem acionar ajuda se ele estiver encurralado ou em uma situação de risco. Nesses casos, podem ligar para o (51) 3902 3611, de segunda a sexta, ou para a Guarda Municipal, no 153, fora do horário de expediente da Prefeitura. Técnicos da pasta não descartam que o macaco-prego visto nos últimos dias seja o mesmo que foi resgatado por trabalhadores do Santa Cruz no Country Club, no mês passado. A explicação é que ele pode ter sido rejeitado pelo bando por estar com um ferimento e atrair predadores. Porém, ressaltam que a reação também pode ser oposta, a fim de proteger o bicho machucado.

O professor do curso de Biologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Andreas Köhler, explica que o surgimento frequente dos macacos está relacionado a dois fatores. O primeiro é que eles estão acostumados com a presença humana. “Eles não veem mais os humanos como predadores. Um exemplo disso está no Parque da Gruta. Há dez anos, eles nem chegavam perto das pessoas e hoje chegam a incomodar. Para eles, o limite de até onde podem ir está aumentando”, observa. 

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A outra razão, de acordo com Köhler, é a facilidade de encontrar alimentos. “As pessoas continuam alimentando os animais, mesmo sabendo que não podem. Eles buscam comida onde é mais fácil. Se eles se aproximam, é porque estão sendo alimentados”, afirma.

O biólogo alerta que a aproximação dos macacos também oferece perigos, tanto para eles quanto para a população. Esses riscos podem estar associados a acidentes de trânsito e à saúde. Na área fora de mata, os animais ficariam expostos a substâncias tóxicas. “Coisas que nós, humanos, sabemos que não podemos ingerir ou mesmo venenos para ratos, eles podem confundir com alimento”, comenta. Além disso, os macacos também podem se sentir ameaçados e morder humanos, ou ainda transmitir doenças por meio da picada de mosquitos.

Como proceder

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Não alimentar
Não agredi-lo para espantar
Acionar ajuda do Meio Ambiente pelo 3902 3611, da Guarda Municipal, pelo 153, ou do Corpo de Bombeiros, pelo 193

Relembre

A primeira vez que o macaco foi visto no Centro, neste mês, foi no dia 10. O voluntário de uma ONG de proteção aos animais avistou-o nas proximidades do Hipermercado Big, seguindo em direção à Zona Norte. Ele conseguiu cercar o macaquinho pouco antes da esquina com a Rua Fernando Abott, em frente ao prédio onde funcionava uma padaria. Os bombeiros foram chamados, mas não conseguiram resgatá-lo. 

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Já no fim da tarde dessa quinta-feira, populares encontraram o macaco em uma distribuidora de medicamentos, na Avenida Paul Harris, também no Centro. Os bombeiros foram acionados outra vez, mas quando chegaram, o animal já havia fugido. Nessa sexta, ele apareceu no pátio da Gazeta, na Rua Ramiro Barcelos, mas fugiu antes de ser fotografado.

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