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Polêmica da Havan

“É tarefa do poder público gerar emprego, não do sindicato”, diz Afonsinho

O presidente do Sindicato dos Comerciários, Afonso Schwengber, se manifestou, no fim da tarde dessa terça-feira, 19, sobre a possibilidade da Havan não se instalar em Santa Cruz do Sul. Antes, Afonsinho apresentou o resultado de uma consulta realizada com trabalhadores do comércio, na qual, a maioria se posicionou contra a abertura de lojas aos domingos e feriados. Em entrevista à Gazeta do Sul, o presidente afirmou que não cabe ao sindicato se preocupar com a geração de emprego. “É tarefa do poder público gerar emprego, não do sindicato.” Confira a entrevista completa:

Gazeta do Sul – Com o resultado da consulta, o que acontece agora?
Afonso Schwengber – Nós ainda vamos reunir a diretoria para aprofundar esta discussão, mas trata-se de uma questão que já é clara. Nós temos uma convenção coletiva em vigência, que vai até 31 de outubro, acertada com o Sindilojas, e entendemos que é correto cumprir esse acordo e negociar novamente após a data de vencimento dessa convenção. Para nós, a questão em torno da vinda da Havan ou a não vinda da Havan é tratada como mais uma empresa que quer vir, que será bem-vinda, dentro das condições atuais de trabalho.

Gazeta – A comunidade tem comentado que as consultas dão voz apenas a trabalhadores que já estão empregados. As pessoas desempregadas não serão ouvidas?
Schwengber –
O desemprego, ou a geração de empregos, não compete a nós, trabalhadores, ou ao Sindicato dos Comerciários. Hoje, infelizmente, a política desastrosa do País contribui para esta situação. É tarefa do poder público gerar emprego, não do sindicato. Nós não temos a incumbência de ouvir os desempregados, temos que ouvir os empregados da nossa categoria e não nos furtamos do debate com eles. Se me garantissem que eu poderia reunir todos os desempregados, e pudessem garantir emprego a eles, eu assim faria.

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Gazeta – E se a Havan decidir, então, por não se instalar em Santa Cruz do Sul? Como o senhor encara essa possibilidade?
Schwengber –
Nós a vemos igual a todas as outras empresas. Nós temos em nossa Constituição a livre iniciativa. As empresas se estabelecem onde pretendem se estabelecer, dentro das regras locais. Eu acho muito complicado “pousar” em um lugar, de um dia para o outro, e querer mudar toda a regra que já está estabelecida. Convenhamos, isso não é livre iniciativa, isso é imposição. A empresa está livre para vir, será bemvinda, mas dentro das regras atuais, que no fim do ano iremos discutir novamente em convenção coletiva. 

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