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AGRICULTURA

Perdas na produção de arroz em Rio Pardo chegam a 15%

A safra de arroz em Rio Pardo já registra perdas de 15%. Embora seja uma das culturas menos afetadas pela estiagem que atinge o Estado, por causa da irrigação, a produção do grão já foi prejudicada no período da semeadura – entre outubro e novembro – por um problema oposto: o excesso de chuvas. A precipitação excessiva nesta época adiou o plantio para muitos produtores. “O atraso nesse processo já causou perdas, porque faz com que o arroz não esteja no estágio reprodutivo na fase de maior luminosidade, entre janeiro e fevereiro”, explicou em entrevista à Rádio Rio Pardo o chefe do Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do Instituto Rio-Grandense do Arroz (IRGA) em Rio Pardo, engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch.

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Aqueles que fizeram a semeadura mais cedo, em setembro, acabaram tendo prejuízo pelo excesso de calor no fim do ano. “O estágio reprodutivo do arroz é bastante sensível. Durante a floração ele não pode ter temperaturas muito baixas – abaixo de 12 graus –, nem temperaturas muito altas – acima de 30 ou 32”, esclarece Tatsch. Recentemente foram registradas temperaturas no entorno dos 40 graus. Segundo ele, as plantações atingidas por este calor no período de floração vão ter perda de produtividade, com intensidade que ainda não pode ser prevista.

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Mas a seca também traz precupação. “Temos alguns produtores com problemas sérios de falta d’água, recorrendo à utilização de mais bombas, com reservatórios já quase secos, e alguns tendo que abandonar algumas partes da lavoura. Temos produtores com 30% da área já abandonada”, relata o engenheiro agrônomo. Se chover, as plantações podem ser salvas, mas as perdas na produção já são vistas como “irreparáveis”.

O responsável pelo Nate de Rio Pardo destaca que os produtores do arroz já sofrem com a baixa rentabilidade da produção. Portanto, com as perdas desta safra, muitos vão ter prejuízo. “A perda média é de 15%, mas temos produtores com perdas de 30%, 40%. Essas situações são bastante complicadas. Estes produtores vão precisar 2, 3 ou 4 anos para reposição destas perdas”.

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