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¡Bienvenidos, hermanos!

Pousadas da região comemoram a volta de argentinos e uruguaios

Foto: Lula Helfer

Rosana à beira da piscina da sua pousada: estrutura feita para receber os turistas cresceu com a procura nos últimos 20 anos

Há duas décadas, a empresária Rosane Killian Raabe decidiu empreender e abrir uma pousada para receber turistas argentinos e uruguaios que passam por Pantano Grande. A travessia pela BR-290 leva os visitantes rumo ao litoral catarinense. Depois de 20 anos de atividade, ela volta a comemorar a temporada, que está movimentada. O número de turistas a caminho de Santa Catarina aumentou 40% neste verão, situação que faz com que pousadas lotem com a hospedagem de quem está de passagem pela região.

Na Pousada Killian, casa cheia. Até o fim de janeiro, lotação máxima nos dez quartos que recebem turistas argentinos e uruguaios. “Aqui é uma hospedagem de passo. Estamos no meio do caminho da travessia de quem sai da Argentina para as praias de Santa Catarina”, diz Rosane. Ela conta que as famílias pernoitam na ida e na volta de suas viagens.

Na hospedagem, placas bilíngues revelam que existe gringo no rol de clientes. De fato, a empresária criou a pousada pensando no turismo que percorre a BR-290 para espantar o calor durante o verão. E neste ano, nem mesmo a taxação de consumo estrangeiro, que cobra 30% de imposto de argentinos, afugentou os “hermanos” da Pousada Killian, uma das mais tradicionais de Pantano Grande. “São clientes que retornam todos os anos, que estão conosco há muito tempo”, acrescenta a anfitriã.

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Rosana confidencia que os argentinos são esquecidos. Os episódios de verões passados na pousada dela repetem o comportamento dos turistas em verões gaúchos recentes. Vira e mexe um argentino esquece um membro da família em um posto de gasolina. “Aqui eles deixam suas carteiras com documentos, dólares e pesos. Guardo para eles, na volta passam aqui para dormir e apanhar os pertences esquecidos.”

No posto de gasolina argentinos e uruguaios são do tipo de cliente que dá gorjeta. O frentista Luis Henrique Frare diz que teve que aprender palavras-chave em espanhol. “Alguns turistas não falam nada em português, aí para atender bem precisamos falar como eles entendem”, conta Frare. No posto em que ele trabalha o movimento de turistas começou após a virada do ano. “Geralmente é depois do Natal que começa. Até o fim de janeiro são famílias inteiras. Durante os meses de fevereiro e março, casais sem filhos. O calendário letivo deles é semelhante ao nosso”, observa a dona da pousada, Rosane Killian Raabe.

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Parada no meio da viagem é estratégica para descansar

O industriário Germano Gomes saiu da Argentina com sua família no dia 28 de dezembro. O destino do grupo era Itapema, no litoral de Santa Catarina. Na última sexta-feira, eles retornaram para seu país, dando aquela paradinha em Pantano Grande. “A gente gosta de descansar um pouco aqui, pois estamos no meio da viagem. Sempre que vamos para Santa Catarina, chegamos aqui nesta cidade”, conta.

No portunhol meio atrapalhado, Gomes diz que a viagem para o litoral brasileiro é o programa preferido da família e que o ritual de parar para descansar acaba tornando a viagem mais agradável. Com o tanque cheio, eles seguem o caminho na direção da Argentina com a proposta de retornar no próximo verão. “A gente espera que eles voltem mesmo, faz muito bem para o nosso município”, diz o frentista Luis Henrique Frare, que atendeu a família de Gomes no posto.

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Família de Gomes já retornou para casa

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