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Oficinas ensinam a transformar bitucas de cigarro em artesanato

Foto: Cristiano Silva

Primeira oficina promovida pela Souza Cruz e pela Poiato Recicla ocorreu ontem à tarde na sede da CDL, no Centro de Santa Cruz

Apresentar um novo olhar e incentivar a sociedade a uma mudança de comportamento. É nisso que se baseia uma parceria entre a Souza Cruz e a Poiato Recicla, instalada em Votorantim, no interior de São Paulo. Ambas as empresas promovem desde segunda-feira, 10, uma série de oficinas com o objetivo de expor o trabalho de transformação de bitucas de cigarros – material considerado grande poluente ambiental – em matéria-prima para a criação de artesanato, gerando renda e trabalho para entidades sociais.

As oficinas marcam o coroamento de uma iniciativa que começou na última Oktoberfest de Santa Cruz do Sul, quando foram instalados coletores de bitucas e houve intervenções educativas de orientação ao público, que foi incentivado a jogar esse tipo de lixo nos equipamentos dispostos pelo parque.

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“Com isso, fizemos a coleta de 80 mil bitucas e as levamos para a nossa usina. Lá, fizemos a reciclagem com máquinas de tecnologia 100% brasileira. Agora estamos retornando com esse material para realizar a última etapa de trabalho, que é capacitar pessoas para participar de uma promoção social, mas também inseri-las em um trabalho inclusivo e que gere renda para essa sociedade”, comenta o empreendedor social e diretor da empresa paulista, Marcos Poiato.

A primeira oficina das sete programadas foi realizada na tarde dessa segunda-feira, 10, na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), no Centro de Santa Cruz. Na ocasião, a professora Leila Prado, artista na empresa Papel do Quintal, na cidade de São Sebastião, em São Paulo, apresentou ao público santa-cruzense a técnica para transformar o material já reciclado em artesanato.

Segundo o coordenador de Projetos do Instituto Souza Cruz, Guilherme Mattoso, a ideia em torno das oficinas é educar e conscientizar a população sobre o correto descarte das bitucas, além de trazer um novo conhecimento técnico em artesanato para os participantes. “Com esta agenda de oficinas, o ciclo que chamamos de Economia Circular será completo”, enfatiza Mattoso.

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“A Souza Cruz atuou conscientizando a população na Oktoberfest. Para isso contou com a parceria da Poiato Recicla, que fez a coleta das bitucas, e agora está transformando esse material para devolvê-lo à sociedade por meio das oficinas que transformam a massa de celulose, proveniente da coleta, em produtos de artesanato.”

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“É um aprendizado”, afirma o secretário Fritsch
A convite de Marcos Poiato, o primeiro a, literalmente, colocar a mão na massa foi o secretário municipal de Meio Ambiente, Raul Fritsch. “É um aprendizado. Isso mostra que de pequenas coisas podemos retirar muitas grandes, e em nossa área se busca muito a educação e a consciência ambiental. O que vimos é que é possível conseguir transformar um problema ambiental, que é a bituca, muitas vezes jogada em qualquer local, em algo rico e em um produto para ser usado no dia a dia”, frisou o secretário, após experiência que resultou na criação de uma folha de papel reciclável para ser transformada em item decorativo. Entre os objetos apresentados como possíveis opções estão capas de cadernos, revestimentos de chaveiros, blocos, pastas e flores.

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Há nove anos atuando como catadora na Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz (Coomcat), Jane Santos, 57 anos, jamais imaginou que poderia ser feito um trabalho de arte com guimbas, que ela manipula diariamente. “A gente não tinha noção do que se poderia fazer com as bitucas. É muito legal a forma como nos ensinaram a transformar essa massa em material decorativo.” Jane passou por todos os procedimentos da oficina, desde a produção da folha de material reciclável até a adaptação para a confecção de uma flor.

Presente no evento, o presidente da CDL, Márcio Martins, enfatizou a necessidade de apoiar ações ambientais. “Como somos parceiros do Município nas campanhas de incentivo ao comércio local, também devemos nos tornar parceiros nas ideias de apoio à sustentabilidade e ao meio ambiente. Para a CDL, é uma honra fazer parte desse tipo de projeto, que visa o bem comum da nossa comunidade”, ressaltou Martins.

As oficinas aconteceram nesta terça-feira, 11, às 10h15 e às 15 horas, na Utravarp e na Apopesc, respectivamente. Nesta quarta-feira, 12, a Asan e a Apopesc receberão os encontros, a partir das 9h30 e das 15 horas. Por fim, na quinta-feira, 13, a CDL, às 9 horas, e a Apopesc, às 15 horas, vão encerrar as atividades.

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De acordo com a funcionária do setor de Comunicação Corporativa da Souza Cruz, Taísa de Franceschi, não está descartada uma reedição do projeto na próxima Oktoberfest, marcada para 7 a 18 de outubro deste ano. “Temos planos para realizar nossas intervenções com a Poiato, mas ainda não há nada acertado. Nossa ideia é sempre fomentar boas parcerias nesse sentido”, salientou Taísa. Ela revelou ainda que a empresa organizou uma coleta de bitucas junto aos funcionários, entre dezembro e o início de fevereiro, que contabilizou 35 mil unidades.

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