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Vale do Rio Pardo

Municípios da região acumulam prejuízos com a estiagem

Foto: Leandro Osório/AI PMVA

Desde 19 de fevereiro, Santa Cruz do Sul tem a situação de emergência reconhecida pelo governo federal. Conforme o engenheiro agrônomo Marcelo Cassol, extensionista da Emater/RS-Ascar, as perdas em lavouras de milho, soja e hortigranjeiros chegam a 40% do total em Santa Cruz. Os pontos mais atingidos estão na Zona Sul do município, como Cerro Alegre, São José da Reserva e Reserva dos Kroth.

Na última quinta-feira, 27, a Sicredi Vale do Rio Pardo sinalizou que vai dedicar atenção especial aos produtores rurais afetados pela estiagem e que possuem financiamentos com a cooperativa. A MetSul Meteorologia aponta para uma condição de chuvas mais frequentes no fim deste mês de março, com maiores volumes no Vale do Rio Pardo.

Em Venâncio Aires, segundo o engenheiro agrônomo Vicente João Fin, extensionista da Emater, a cifra de perdas chega a R$ 52 milhões. Além das culturas tradicionais, há queda expressiva na melancia e perda de metade dos 65 hectares plantados de moranga. Do laudo realizado para decretar emergência, dois aditivos foram feitos em fevereiro.

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No milho, as localidades mais afetadas são Linha Brasil, Linha Palanque e Santa Emília. “Até agora, o cálculo é de 14% no milho. Mas vai aumentar com a safrinha. Praticamente não choveu do dia 16 de fevereiro até agora.”

Uma reunião ocorreu nesta terça-feira, 3, às 9 horas, para a avaliação dos prejuízos em Candelária, município com situação de emergência homologada pelo governo estadual. No levantamento inicial, o cálculo chegou a R$ 63 milhões, com 1.813 propriedades atingidas até 8 de janeiro. Destacam-se as áreas de tabaco e soja, com perdas de 3 mil e 7,8 mil hectares, respectivamente.

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Em Vera Cruz, conforme o engenheiro agrônomo Alberto Evangelho Pinheiro, extensionista da Emater, a área Sul é a mais afetada, com perdas totais de lavouras de milho plantadas na resteva do tabaco e de soja tardia, principalmente em Linha Sítio, Vila Progresso, Linha Tapera, Entrada Ferraz e Entre Rios.

Em Sinimbu, os prejuizos do milho e feijão chegam a 70%. De acordo com o engenheiro agrônomo Luis Fernando Marion, extensionista da Emater, as perdas contabilizadas somam R$ 40 milhões. A maior parte desse volume é do tabaco, com R$ 26 milhões em uma área estimada de 4 mil hectares.

Algumas propriedades sofrem com a falta de água, e o caminhão-pipa da Prefeitura contribui para o abastecimento. As localidades mais afetadas são Linha Almeida, Pinhal e Paredão. O governo municipal ainda aguarda o reconhecimento, por parte do Estado, da situação de emergência. “Se não chover em breve, vamos ter uma calamidade”, avalia Marion.

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