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ENTENDA

Confira verdades e mentiras sobre como evitar o coronavírus

Vírus surgiu na China, disseminou-se por vários lugares do planeta e mantém em alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS)

Desde que o novo coronavírus avançou para o Brasil, muitas são as dúvidas sobre como se proteger da doença que já tem oito casos confirmados no País e grande número de suspeitos. Durante a semana, na contramão do que as autoridades sanitárias recomendam, um vídeo que circulou nas redes sociais e por aplicativo de mensagens instantâneas mostra um homem, que se diz “químico autodidata”, afirmando que passar álcool em gel nas mãos não é seguro na prevenção de infecções por vírus e bactérias. Ele defende que a forma mais eficaz de se proteger é substituir o álcool gel por vinagre. “Melhor desinfetante é o vinagre! Não usem álcool gel para se protegerem do coronavírus. É um grande negócio”, diz. No entanto, análises de verificadores de boatos comprovaram que todas as teorias apontadas por ele são falsas.

A coordenadora da Vigilância Sanitária de Santa Cruz do Sul, Lizete Plotzki de Pires, esclarece que “o álcool em gel 70% é, sim, o mais eficiente para se proteger de vírus e bactérias, assim como lavar a mão com água e sabão”. Conforme ela, a repercussão do vídeo e de seu conteúdo foi abordada durante palestra com educadores das redes estadual, municipal e privada na manhã dessa sexta-feira, no auditório da Assemp. “O vinagre é uma crença popular. Não existe nada científico. O vírus tem uma camada protetora que só é quebrada com o uso do álcool. O vinagre pode ser usado como bactericida para a limpeza de várias coisas, mas nesse caso específico ele não é eficaz e não poderá substituir o álcool gel em hipótese alguma.”

O vírus é transmitido por meio de gotículas. O infectado, ao tossir ou respirar, pode contaminar superfícies, conforme explica a coordenadora. “O coronavírus fica ativo até 12 horas nas superfícies. Se outra pessoa manusear a maçaneta da porta ou tocar qualquer objeto ou superfície contaminada e levar as mãos à boca, olhos ou nariz, acaba se contaminando também.”

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As principais medidas de precaução são evitar ambientes aglomerados e evitar levar mãos à boca, nariz e mucosas. Ao tossir ou espirrar, a recomendação é usar um lenço de papel ou o canto do braço para proteção. E sempre lavar as mãos com água e sabão e, se possível, utilizar o álcool gel.

Sobre comer alho cru, gengibre ou usar fitoterápicos para reforçar a imunidade, Lizete afirma que eles podem aliviar sintomas como coriza e irritação nas vias aéreas. “Mas não são capazes de prevenir ou curar o coronavírus ou qualquer outra infecção respiratória.”

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Exames no Estado
O Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) iniciou nessa sexta-feira a realização de exames específicos para o novo coronavírus. No primeiro dia, a análise foi realizada com o apoio de técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro. Até então, o laboratório investigava apenas os tipos mais comuns de vírus em circulação no Brasil. A expectativa é reduzir o tempo para obter os resultados.

Caso suspeito descartado
O primeiro caso suspeito de contaminação com o novo coronavírus em Santa Cruz do Sul foi descartado na manhã dessa sexta-feira. O anúncio foi feito pela Prefeitura, que assegurou tratar-se de uma infecção respiratória comum. A suspeita foi afastada com base nos exames feitos pela FioCruz. O paciente, que não está mais em isolamento, retornou da Itália no último dia 20. Após apresentar febre, tosse e dor de garganta, foi submetido a um exame inicial encaminhado para o Lacen. O resultado deu negativo para infecções virais. Outros dois casos ainda são investigados no município. Em um deles, a pessoa retornou da Itália no último dia 27 e apresentou os sintomas. No outro, a situação envolve um morador de Santa Cruz que voltou na segunda-feira de uma viagem à Itália. Ambos os pacientes encontram-se em isolamento domiciliar.

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Tira-dúvidas
Diante das diversas informações falsas sobre o coronavírus que circulam nas redes sociais, seguem algumas orientações repassadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Chá de abacate com hortelã, uísque com mel e vitamina C e zinco previnem o coronavírus? Nada disso. Essa afirmação é falsa.

Itens como luvas e máscaras nos protegem da transmissão da doença? Essa afirmação é verdadeira, porém, o uso da máscara só é recomendado para pacientes com casos confirmados e para aqueles com suspeita da doença.

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Cães e gatos podem transmitir a doença? Que nada! Essa afirmação é falsa.

Pessoas com máscaras podem contrair o coronavírus? A afirmação é verdadeira. A máscara protege contra a doença, mas não a evita.

Usar álcool em gel é o mesmo que não utilizar nada porque não faz efeito? Essa afirmação é falsa: use álcool gel.

Existe um exame capaz de detectar a existência do coronavírus no corpo humano? Essa afirmação é verdadeira. É possível fazer o diagnóstico laboratorial específico para coronavírus.

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Utilizar álcool em gel nas mãos altera o teste do bafômetro? De forma alguma. A inalação momentânea do álcool em gel após sua utilização pode durar alguns segundos nos pulmões, caso esteja em ambiente fechado, com pouca ventilação. Contudo, ele é eliminado em menos de dois minutos.

Os sintomas são parecidos com os de um resfriado comum? Sim.

O novo coronavírus veio dos animais? Ainda não existe nenhuma comprovação científica disso.

As embalagens de plástico-bolha envolvendo produtos que vêm da China podem transmitir o coronavírus? Essa afirmação é falsa. Não há nenhuma evidência de que produtos enviados da China para o Brasil tragam o novo coronavírus.

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