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Estiagem faz produtor antecipar colheita da soja na região

Foto: Rafaelly Machado

Falta de chuva antecipou a maturação e comprometeu a qualidade dos grãos, mas perspectivas relacionadas aos preços são boas

A semana foi marcada pela ocorrência de chuvas esparsas e de baixo volume na maior parte do Rio Grande do Sul, com predomínio do tempo seco. Tais condições não afetaram o andamento da colheita da soja no Estado. Na região, foram colhidas até o momento 78% das lavouras, o correspondente a aproximadamente 578 mil toneladas.

O extensionista rural agropecuário Vivairo Zago, da regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, informou que a seca adiantou a colheita. “Devido à estiagem, houve antecipação da maturação da soja, desde os materiais mais precoces até os normais e tardios.”

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Em função da falta de chuva, a qualidade também ficou em parte comprometida, com grãos menores. Estima-se uma perda média de 55% na região que compreende os 39 municípios da regional Soledade, que abrange o Vale do Rio Pardo e Alto da Serra do Botucaraí.

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“Cabe salientar que essa perda é baseada em uma média de produtividade estimada em condições normais (sem estiagem), que era de 3.361 quilos por hectare”, disse.

As perdas foram mais acentuadas no baixo Vale do Rio Pardo, principalmente em Encruzilhada do Sul, Pantano Grande e Rio Pardo – esses municípios possuem juntos uma área com soja de aproximadamente 120 mil hectares.

O extensionista destacou que as perdas são muito variáveis dentro de um mesmo município, pois as chuvas foram pouco uniformes. “Observou-se também que nas áreas com manejo adequado, com solo descompactado, boa palhada e bom índice de matéria orgânica, as perdas foram menores devido à maior capacidade de armazenagem de água no solo em comparação com as de características opostas.”

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Zago reforçou, ainda, que é sabido que o longo período com chuvas abaixo do normal registrado desde dezembro reduziu drasticamente a reserva de água no solo e provocou expressivo estresse hídrico à cultura, causando elevado índice de perdas.

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Preço da oleaginosa

Atualmente, o preço da soja está na faixa de R$ 90,00 a saca de 60 quilos. “As perspectivas de mercado são boas, considerando a demanda externa por parte dos países asiáticos e considerando que a soja é utilizada como base alimentar para produção de proteína animal, como carne e ovos, que compõem a dieta da população no Brasil e exterior”, justificou o extensionista rural agropecuário Vivairo Zago.

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O grande comprador da soja brasileira é a China, que também adquire dos Estados Unidos e de outros países, como a Argentina, que igualmente teve regiões com estiagem. Sobre o peso do coronavírus no mercado, Zago disse que ainda é cedo para fazer uma análise, mas sabe-se dos efeitos negativos para a economia de maneira geral.

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